Foto: Roberto Stuckert Filho |
Em
nota de apenas uma frase, os clubes de reservistas disseram que
"desautorizam" o texto que eles mesmos haviam escrito contra a postura
da presidente Dilma Rousseff diante das declarações de ministras e do PT
sobre a ditadura
Clubes
que representam militares da reserva recuaram de críticas feitas à
presidente Dilma Rousseff por ela não ter censurado falas de ministras e
do PT contra a ditadura. A mudança de postura aconteceu após um
encontro do ministro da Defesa, Celso Amorim, e os comandantes do
Exército, da Aeronáutica e do Estado Maior. Dilma não gostou do teor da
nota, por não aceitar, segundo assessores do Planalto, qualquer tipo de
desaprovação às atitudes da comandante suprema da Forças Armadas.
Em
nota de apenas uma frase, os clubes disseram que "desautorizam" o texto
que eles mesmos haviam escrito. Publicado no último dia 16, ele sugeria
que Dilma se afastava de seu papel de estadista ao não "expressar
desacordo" sobre três declarações recentes de auxiliares e do PT.
A
primeira delas foi feita pela ministra Maria do Rosário (Direitos
Humanos), para quem a Comissão da Verdade, que investigará violações
durante o regime, pode levar a punições penais, apesar da Lei da
Anistia. Depois, Eleonora Menicucci (Mulheres), ex-colega de prisão de
Dilma durante o período autoritário, fez em discurso "críticas
exacerbadas aos governos militares", segundo o texto. Já o PT, em uma
resolução política, disse que deveria priorizar o resgate de seu papel
para o fim da ditadura.
Apesar
de terem sido obrigados a recuar, para não criar uma crise militar, os
presidentes dos Clubes não se conformam com as críticas que as Forças
Armadas têm recebido e temem que a comissão da verdade só ouça um dos
lados na hora de trabalhar. Os presidentes dos Clubes da Aeronáutica,
brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, e da Marinha, almirante Ricardo
da Veiga Cabral, disseram que em momento nenhum quiseram criticar a
presidente Dilma e que a nota foi uma "precipitação", no momento em que
os principais assuntos para a categoria, são a defasagem salarial e a
necessidade de reaparelhamento das Forças Armadas.
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