Audiência
pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) com moradores
retirados da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), e
representantes do Ministério das Cidades e da Secretaria-Geral da
Presidência da República, acabou provocando bate-boca entre senadores.
Os senadores Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB) e Eduardo Suplicy (PT), ambos de São Paulo, se desentenderam no
início da audiência. Aloysio Nunes acusou os senadores petistas Suplicy e
Paulo Paim (RS), presidente da comissão, que estava ausente, de
politizarem o episódio para favorecer o partido nas eleições municipais.
Como argumento, lembrou que nada foi feito com relação às desocupações
ocorridas no Distrito Federal e na Bahia, cujos governadores são do PT.
"É um procedimento unilateral
que visa a instrumentalizar a comissão por partidos políticos, no caso o
PT, e outros grupos como o PSTU que o usa para terceirizar seu
radicalismo". Aloysio Nunes chamou os líderes comunitários do movimento
de "parasitas", atribuindo a eles a radicalização, "o circo", dias antes
da reintegração da posse da área. "Tinha gente querendo brincar de
insurreição, pseudorrevolucionários prontos para radicalizar". O senador
informou que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não mandou
representantes para a comissão para desarmar a iniciativa de explorar
politicamente o episódio.
O senador Eduardo Suplicy
protestou e, aos gritos, pediu que Aloysio Nunes tivesse a "dignidade de
ver as cenas de barbaridades que aconteceram no local". "Pode gritar a
vontade, (senador Suplicy), que não me impressiona", reagiu o tucano.
Aloysio lembrou que Suplicy relatou casos de violência no plenário uma
semana depois da ação, depois de tomar conhecimento do que aconteceu por
assessores de seu gabinete. Informações Estadão
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