sábado, 8 de fevereiro de 2014

A realização da Copa não retira recursos da Saúde e da Educação


07/02/2014
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Via Blog do Carlos Borges da Saúde
Gastos com a Copa não retiram dinheiro do Orçamento da Educação e da Saúde, para estes setores já tem recursos obrigatório previsto na Constituição para cada esfera de governo, então gastos com a Copa do Mundo e serviços públicos de qualidade não estão em contradição, como parte da mídia tenta passar para o povo.
Este caso é muito diferente do uso de recursos BNDES para financiar a privatização no governo de FHC. O BNDES emprestou muito dinheiro para que os empresários comprar as estatais construídas com recursos públicos. Nesta época a mídia não excitava o povo para ir para rua, claro atendia os seus interesses capitalistas e a sua classe.
Por definição o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é uma empresa pública federal para financiamento de longo prazo e investimentos em todos os segmentos da economia. É bom salientar que os recursos emprestados por este banco tem que ser devolvido com juros e correções.
Boa parte dos recursos do BNDES é emprestada ao setor privado, como acontece também com o Banco do Brasil que empresta mais de R$115 bilhões para o setor agrícola, aonde mais de 80% vai para o Agronegócio. Então também está tirando recursos da Educação e Saúde? A resposta é negativa.
Curiosamente eu não vejo a Grande Mídia e seus articulistas defendendo que o povo deva ir para rua lutar pelo projeto de iniciativa popular que aumenta recursos para a Saúde, para o projeto que aumenta recursos para a Educação, lutar por Reforma Agrária e Reforma Urbana. Também não vejo campanha para o povo ir para a rua lutar contra o aumento da Taxa de juro, ao contrário vê a mídia todo dia falando e inventando índice de inflação para forçar o governo aumentar a taxa de juro. Provavelmente esta deve ser a maior fonte de receita da Família Marinho, a família mais rica do Brasil, pois da Rede Globo na dever ser porque faz pouco tempo que estiveram com o pires na mão em busca de recursos.
O fato é que o que está em jogo não é o que aparece na telinha, o que aparece é apenas para iludir o povo e usá-lo como massa de manobra. O que está em jogo é a luta de classe. É parte da mídia e do capital que não querem perder a sua fatia da renda, a renda quanto mais concentrada melhor. Então se depender deles não pode haver política de valorização do salário mínimo, não pode haver manutenção e garantia dos direitos trabalhistas e o baixo nível de desemprego cria dificuldades para a contratação de trabalhadores.
Os gastos ou investimentos com os estádios devem alcançar em torno de R$9 bilhões com boa parte dos recursos vem do BNDES, no máximo R$400 milhões por arena. Outra coisa que deve ser falada é que a maioria das obras é de responsabilidade dos governos estaduais e dos times como o caso do estádio do Internacional, do Atlético do Paraná e do Corinthians. Neste caso, onde houver superfaturamento deve ser cobrada a responsabilidade do gestor local. O restante dos gastos como modernização de portos e aeroportos, renovação da infraestrutura hoteleira, obras de mobilidade urbana e fortalecimento da rede de telecomunicações deverão ser gastos aproximadamente R$22 bilhões.
Não podemos deixar de levar em conta o impacto positivo sobre a economia brasileira, gerando empregos, aumentando o consumo e atraindo outros investimentos, aumento da produtividade, modernização do setor de turismo e melhora da infraestrutura urbana.
No Brasil dos brasileiros existe uma elite que historicamente sempre pensou de forma subserviente, sempre atendendo aos interesses da burguesia internacional, estes veem o Brasil com os olhos dos estrangeiros. A rigor não são brasileiros são brazileiros, é como os “gringos” escrevem o nosso país – Brazil.
O importante nesta história toda que os gastos para a Copa do Mundo não ocorreram em detrimento da educação. Temos que vencer o “complexo de vira-lata”, o Brasil também pode ter estádios modernos, afinal de contas somos o país do futebol e já somos a 5ª maior economia do mundo.

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