Copiado do Blog INTERESSE NACIONAL, do amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias.
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Saraiva
Soberania Nacional:No governo Lula empresas Brasileiros compram Rivais e se Tornam Global Players
Brasil está se transformando em celeiro de empresas globais. A crise econômica, que vai ficando para trás no país, despertou uma espécie de novo capitalismo nacional, mais musculoso, caracterizado por empresários mais agressivos, que buscam dinheiro na bolsa de valores e estão liderando uma onda de fusões e aquisições aqui e lá fora, de olho no mercado mundial. Em Minas Gerais, as exportações reagem. Saltaram de US$ 1,58 bilhão em julho para US$ 1,63 bilhão em agosto. O carro-chefe das vendas mineiras no exterior é o minério de ferro da gigante Vale.A compra do frigorífico Bertin pelo JBS-Friboi na semana passada – que vai gerar a líder mundial no setor de carne bovina – é o exemplo mais recente dessa onda. Mas não é o único. Este ano, as companhias brasileiras desembolsaram cerca de R$ 15,2 bilhões na compra de novos ativos. “O país saiu mais cedo e mais forte da crise. Não vemos aqui a cautela que observamos nos Estados Unidos, Europa e Ásia.Por isso, estamos diante do fortalecimento de nossas empresas e a internacionalização delas por meio de processos de fusões e aquisições”, diz Alexandre Pierantoni, sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC). Segundo ele, a crise deixou uma lição aos empreendedores brasileiros: é preciso ganhar competitividade, seja pela agregação de valor a produtos e serviços, pelo ganho de escala, ou pela atuação no exterior.O grupo JBS-Friboi, que já era a maior empresa de carne bovina do mundo, se tornou na quarta-feira a maior empresa de processamento de carnes do mundo com a aquisição da Pilgrim’s Pride, a segunda maior produtora de frangos dos Estados Unidos, e com a fusão com o Bertin, assumindo a liderança global no segmento de couros. Isso depois de a Marfrig anunciar a compra da Seara, que deve consolidar o grupo como um dos maiores exportadores de carnes in natura e produtos industrializados do país. Antes, ainda em 2008, a crise colocou as cartas para fusão da Sadia e Perdigão, originando a Brasil Foods (BRF).Nessa nova terra de gigantes, não é só o setor de alimentos que ganha força. Tecnologia da informação, infraestrutura, planos de saúde e instituições educacionais também traçam estratégias para crescer. Em Minas, um bom exemplo: a Cemig, que já tem ativos no exterior, está prestes a assumir o controle da Light, maior distribuidora de energia do Rio de Janeiro. A estatal mineira já tem participação na Light por meio do consórcio Rio Minas Energia, que reúne também Andrade Gutierrez, Pactual e JLA. Agora, segundo uma fonte da empresa, a Cemig estaria comprando a fatia da Andrade Gutierrez e Pactual no consórcio. A Rio Minas é a maior acionista da Light, o que significa que a Cemig, se o negócio for mesmo concretizado, será a dona da distribuira fluminense. E, no setor de celulose, a compra da Aracruz pela VCP, do Grupo Votorantim, deu origem à Fibria, também de porte global.O aquecimento é confirmado pela consultoria e auditoria KPMG. “De julho para cá, muitos empreendedores estão nos convidando para fazer avaliações de fusões e aquisições. O volume de trabalho é condizente com o pico que vivemos no ano passado. Muitos negócios estavam represados, à espera de uma definição mais segura do cenário econômico”, avalia Luís Motta, sócio de finanças corporativas da KPMG. Como uma transação leva pelo menos seis meses, Motta aposta que, no fim deste ano e início de 2010, haverá uma sequência de grandes negócios no país, que deve se sustentar nos meses seguintes.O último relatório de fusões e aquisições da auditoria e assessoria PricewaterhouseCoopers (PwC), referente a agosto, mostra que foram fechados 378 negócios nos primeiros oito meses de 2009. O resultado ainda é 18% menor que o registrado em igual período de 2008, mas as 55 transações realizadas em agosto, ante 54 no mesmo mês do ano passado, confirmam a curva ascendente. “A perspectiva é de que até o fim do ano seja possível atingir o mesmo patamar registrado em 2008”, prevê Pierantoni.O otimismo vem da recuperação da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) nacional do segundo trimestre confirmou que o Brasil saiu da recessão, caracterizada por dois trimestres consecutivos de resultados negativos. A economia brasileira cresceu 1,9% de maio a junho na comparação com o primeiro trimestre. Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam a criação de 242 mil novas vagas de trabalho em agosto. É o melhor para o mês de agosto desde o início da série, revertendo a trajetória de queda dos últimos meses. Os sinais de retomada levaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a ultrapassar, na última quarta-feira, os 60 mil pontos pela primeira vez no ano, com ganho acumulado de 60,9% de janeiro até agora.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 10:24 0 comentários
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