sábado, 9 de outubro de 2010

CNBB critica no Globo sites que atribuíam declarações de religiosos à própria CNBB. É o caso do Globo

O jornal O Globo publica hoje declarações do presidente da CNBB. Nelas o prelado que preside a instância máxima da igreja católica no Brasil critica sites que atribuíram à CNBB posição a favor ou contra determinados candidatos. Talvez sem saber, o presidente da CNBB estava questionando o próprio portal do Globo, que em 21 de julho 2010 publicou carta de um sacerdote com a manchete “Em carta, CNBB pede que fiéis não votem em Dilma”. Uma manipulação inverídica, como denuncia no próprio jornal dom Geraldo Lyrio Rocha. LF

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Para ler a matéria do portal O Globo clique no link http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/07/21/em-carta-cnbb-pede-que-fieis-nao-votem-em-dilma-917208359.asp

Jailton de Carvalho – O Globo

BRASÍLIA. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Geraldo Lyrio Rocha, criticou ontem o uso indevido do nome da CNBB e da Igreja Católica durante a campanha eleitoral.

Em nota divulgada no início da tarde, dom Geraldo diz que a CNBB foi alvo de manipulação. No mesmo texto, o líder religioso apela para que os fiéis usem como critério de escolha o respeito incondicional à vida. Na reta final do primeiro turno, alguns padres pregaram voto contra a candidata Dilma Rousseff porque o PT seria contra o aborto.

“Reafirmamos, ainda, que a CNBB não indica nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão.

Diante de tão grande responsabilidade, exor tamos os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana”, diz o texto assinado por dom Geraldo, pelo vicepresidente da CNBB, dom Luiz Soares Viera e pelo secretário da instituição, dom Dimas Lara Barbosa.

Sites atribuíram à CNBB declarações de religiosos

A questão do aborto se tornou um dos temas centrais da campanha eleitoral para a Presidência da República nas últimas semanas. Para alguns analistas políticos, a discussão do tema teria sido um dos fatores que empurraram as eleições para o segundo turno.

O bispo dom Luiz Gonzaga Bergonzini, da diocese de Guarulhos, e o padre Joãozinho, da Renovação Carismática, pediram para os fiéis não votarem em Dilma Rousseff porque o PT teria fechado questão pela legalização do aborto. As informações foram divulgadas em algumas páginas na internet como se fossem posições oficiais da CNBB.

“Lamentamos profundamente que o nome da CNBB — e da própria Igreja Católica — tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação”, diz a nota assinada por dom Geraldo. O religioso não aponta, no entanto, quem teria manipulado as informações. No texto, dom Geraldo, diz que “é direito — e, mesmo, dever — de cada bispo, em sua diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã”. Mas ressalva que a entidade que dirige não indica em que os fiéis devem votar.

Postado por Luis Favre
Comentários
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Do Blog do Favre.

2 comentários:

Unknown disse...

Só há uma explicação para a aritude da CNBB,alguém injetou muito dinheiro nas igrejas e como ela vive disso tem que ir contra Dilma.Uma pena sou uma pessoa católica mas estou muito decepcionada com oque vejo acontecer.Falar em PNDH-3 é uma mentira porque quem aprova qualquer coisa não é o presidente,então não dá mesmo pra entender esse ódio essa difamação essa falta de Deus no coração logo dentro da direção das igrejas.Que Deus tenha piedade desses bispos e que os pobres um dia os perdoem.

Anônimo disse...

Nanda,
Não tinha pensado nesta hipótese, mas na última eleição na espanha foi amplamente divulgado na internet que o vaticano chegou ao ponto de receber dinheiro do dois lado, ou seja, José Maria e Sapateiro.
Não seria nenhuma surpresa que PSDB/DEM e PIG estejam oferecendo vantagem para as Igrejas.
Afinal de contas todas Igrejas sobrevivem não de trabalho, mas de donativos OU DOAÇÕES OCULTAS.
Abraços,
Saraiva