Oct
Terminou ontem o prazo para registro de pesquisas eleitorais no TSE. Teremos, até sábado, uma enxurrada de pesquisas. Todos os institutos terão um novo levantamento até lá. O resultado é que teremos pesquisas eleitorais nas manchetes dos jornais no domingo, dia das eleições. E não seria necessário, porque as edições dominicais dos jornais rodam no início da tarde de sábado e, portanto, não pode haver pesquisa cujo trabalho de campo se estenda até este dia: ninguém vai sair para fazer abordagem de rua ou domiciliar num sábado antes de 9 h, chegar questionários, enviar dados e tabular resultados até 11 horas da manhã, para dar tempo de considera-los para um jornal que “fecha” às 14 horas, se tanto. Mesmo que seja possível fazer isso com uma pequena parte, não seria significativa na amostra.
A novidade é que, nesta eleição, só o Ibope registrou pesquisa de boca de urna, aquela que antecipa o resultado do pleito. Sinal que a maior parte dos institutos espera uma decisão clara e rápida do vencedor. Explico: com eleições estaduais em menos da metade das unidades da federação (e nenhuma delas das maiores), não há razão para que a apuração oficial não tenha resultados expressivos poucos minutos depois de iniciada a apuração.
E, de quebra, ainda permite que a boca de urna ou se desmoralize com o resultado real ou desmoralize a última chance de “fazer a cabeça” do eleitor, dando um resultado mais “apertado”.
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