- Publicado em 01/10/2010
O debate da Globo seria “decisivo”.
Segundo o PiG (*) e seus colonistas (**), no debate da Globo o jenio ia trucidar a Dilma.
Foi o oposto.
Dilma desmoralizou a platéia tucana, quando riu por ela dizer que todas as doações da campanha estavam registradas.
Dilma fica melhor quando vai para o ataque.
Não tem nenhum Ricardo Sérgio nas finanças da campanha da Dilma.
Dilma explicou muito bem o papel das UPPs no combate à violência urbana.
Dilma explicou os planos de expansão das ferrovias.
E, mais importante, ela explicou por que vai fazer um Governo de coalizão com o PMDB.
Dilma falou como Presidenta.
O Serra não foi ao debate.
Quando conseguiu se articular, além da manifestação autônoma de seu dedo anular direito, o jenio não foi mais do que um “prático em contabilidade”, como diz o meu amigo mineiro.
O amigo navegante se perguntaria – se conseguiu ficar até o fim – o que a Bláblárina Silva fez ali, além de enunciar o óbvio: tudo é “muito grave” !
Como ela explicaria que um anúncio da Natura entrou no break comercial do debate ?
Esquisito, não, amigo navegante ?
E o Serra ?
O que ele tem a oferecer ?
Por que ele quis ser Presidente, além de querer ser ?
Esse tipo de debate não vai a lugar nenhum.
Amanhã, este Conversa Afiada pretende comparar o debate presidencial no Brasil e nos Estados Unidos, por exemplo.
Candidato não sabe fazer pergunta.
Quem sabe fazer pergunta é jornalista.
Mas, no Brasil, os candidatos e os partidos precisaram se proteger dos jornalistas, invariavelmente partidários e, na maioria, tucanos.
Deu nisso.
Um debate inócuo.
Em 2002, o Serra também anunciou que ia esmagar o Lula no debate final da Globo.
De fato, conseguiu.
O Serra esmagou o Lula na eleição por 39% a 61%.
Foi o que aconteceu agora.
O Serra massacrou a Dilma.
E vai perder no primeiro turno.
O Serra, desde 2002, tem 30%.
Bye-bye Serra forever.
Em tempo: Serra criou o Bolsa Família, o genérico, o programa anti-Aids, a bússola, a energia a vapor, o telescópio e o avião. A Lei da Gravidade, porém, é concepção original do Fernando Henrique.
Em tempo 2: falta esperar o que o Ali Kamel vai fazer na edição do debate. E o que o Lula poderia fazer, se o Kamel manipulasse a edição.
Em tempo 3: ninguém perguntou ao Serra sobre o telefonema ao Gilmar. Não deixe de votar na trepidante enquete: o que acontece se você telefonar para o Gilmar.
Em tempo 4: aos 20 minutos desta sexta-feira, Serra era um caco. A máscara da derrota. As olheiras, finalmente, se encontraram com as gengivas. Um encontro triunfal.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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