Foram meses de campanha. Esta, patrocinada pela oposição, foi uma das mais sujas da história brasileira. Nós brasileiros ouvimos de tudo sobre Dilma: poste, insegura, que iria mal nos debates, marionete …
Aos poucos, Dilma mostrou quem era de fato. Neste debate da Globo, o último antes da eleição, Dilma ganhou todas as discussões e mostrou-se superior a todos os seus adversários.
Logo no início, Marina pergunta a Dilma sobre a questão trabalhista. A petista mostra uma serenidade ímpar ao dar a sua resposta, falou dos 15 milhões de empregos gerados por Lula e as iniciativas contra a crise americana, que resultaram na “marolinha” econômica. Marina se posiciona contra os direitos trabalhistas.
Sem perceber a seriedade do momento, Plínio insiste em suas piadas infames. O candidato do PSOL brinca com a caneta e não responde Dilma. Plínio agora entende de Petrobras, no debate anterior, ele disse que não entendia de petróleo, agora se acha um expert.
Serra pergunta a Marina sobre Previdência Social. Demagogicamente, fala do sofrimento da população idosa (vagabundos, segundo FHC), mas, há alguns dias, o tucano propôs aumentar as idades para a aposentadoria. Está sendo completamente incoerente… ou é simplesmente hipócrita.
No segundo bloco, Dilma relembra Marina sobre o Plano Nacional de Logísticas. Parece que Marina esqueceu-se da época em que era ministra do governo petista. A verde repete o que disse da primeira vez, está perdida na resposta.
Marina bem que tentou questionar Serra e tirar alguns votos dele, mas se atrapalhou e apenas ajudou o tucano. Neste debate, conseguimos ver todo o despreparo de Marina. A candidata do PV saiu do Ministério do Meio Ambiente em 2009, foi tarde.
O demotucano José Serra fala sobre o trabalho do governo nas catástrofes ambientais. Pena que Marina é fraca, pois, se fosse preparada, poderia lembrá-lo das calamidades neste ano nos Jardins Romano e Pantanal de São Paulo, submersos nas incompetências do tucano.
Serra diz que metrô de Belo Horizonte, federal, parou nos anos 90, mas naquela década o país era presidido pelo tucano Fernando Henrique Cardoso.
Plínio diz a Dilma que ela tem vergonha do partido. Dilma sorri e “janta” Plínio. Dilma defende a construção de coligações, pois partido nenhum sozinho governa o Brasil. Na réplica, como sabe que é um “engodo”, Plínio limita-se a pedir votos para os deputados do PSOL.
O terceiro bloco começa com Serra. Este foge sistematicamente de Dilma.
Marina e Serra, quem é o pior? Difícil de responder. Serra faz o mesmo discurso sobre moradia, aquele discurso vazio. Marina tenta cobrar Serra, mas fala em “morro do Capão Redondo”. Meu amigo paulista aqui ao lado riu. Capão Redondo não é morro.
Na questão “saneamento básico”, Dilma foi serena e coerente em suas respostas. A petista citou projetos do presidente Lula em Manaus. Plínio não sabe responder pergunta alguma. Plínio é o verdadeiro Tiririca deste pleito. Se o palhaço da Praça É Nossa é considerado por alguns uma ofensa ao processo eleitoral, imagina o palhaço do PSOL!
No último bloco, Dilma coloca Marina em seu devido lugar. O assunto foi economia. Marina foi completamente evasiva na resposta, provavelmente, não a entendeu. Dilma fala que Marina apenas teoriza, de fato, o que nós brasileiros precisamos, é de resultados concretos.
Depois desta campanha, deste debate, há apenas duas certezas. A primeira, mais uma vez, Dilma sagrou-se inquestionavelmente vencedora e a segunda, não haverá segundo turno na eleição presidencial deste ano.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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