sábado, 9 de outubro de 2010

Risco Serra: Desenvolvimento Social pode deixar de ser cidadania e retroceder à mera dependência de caridades



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome só foi criado no governo Lula.

No governo de antes, do Fernando Henrique Cardoso e José Serra, isso era assunto jogado para segundo plano. Só havia uma "Secretaria de Estado de Assistência Social", para assessorar o presidente.

Não tinha funções executivas de meter a mão na massa, de partir para a ação, como é o caso de um ministério.

Observe que nem a expressão "Desenvolvimento Social" era usada. Usavam "Assistência Social".

No vídeo acima, o ex-ministro Patrus Ananias, antes de deixar o cargo, fez um balanço bem resumido das principais ações no Ministério.

Algumas ações são mundialmente famosas, como o Bolsa-família, outras, apesar de premiadas e copiadas internacionalmente, são menos conhecidas, como o programa de cisternas no semi-árido nordestino, em áreas onde nem a integração da bacia do São Francisco chega.

Para entender a importância das cisternas, experimente ficar sem água um dia em sua casa... agora imagine famílias que sofriam com a seca durante meses! Que tinham que andar quilômetros para buscar uma lata d'água para sua casa.

Tem também as casas das famílias (centros sociais de referência), o pró-Jovem adolescente, tudo para manter os valores familiares saudáveis, protegendo jovens das drogas, do abandono, da gravidez na adolescência.

Tem a compra de alimentos da agricultura familiar (PAA), gerando renda para quem vivia da subsistência ou saíam do campo para as periferias das cidades. Além disso, a renda garantida desenvolve a economia das pequenas cidades, e melhor, tudo isso com o estímulo da produção agrícola mais ecológica.

É uma revolução silenciosa. É a economia das famílias tratada por um governo com a mesma importância com que trata a macroeconomia do Banco Central.

A economia de cada família é pequena perto dos grandes números do governo. Mas a soma da produção das milhões de famílias é uma economia gigante. E cada família que sai da pobreza e entra no mercado produtivo e de consumo interno faz o PIB crescer.

Serra não entende, não sabe e não gosta de lidar com a economia das famílias

Você se lembra que durante muito tempo, os partidos que fazem oposição à Lula e que hoje lançaram a candidatura de José Serra, PSDB e DEM, martelaram que Lula tinha criado ministérios demais, e que era preciso acabar com eles?

Então, já viu, né.

Um ministério dessa importância será extinto ou esvaziado em um governo tucano de José Serra, já que no FHC, achavam que uma secretaria bastava.

Eu não quero que o trabalho de Patrus Ananias seja interrompido. Eu quero ele, ou alguém como ele, erradicando a pobreza por mais 4 anos, e é também por isso que eu voto em Dilma.

É isso que Serra considera política social?

A primeira-dama de São Paulo, Mônica Serra, esposa do ex-governador tucano José Serra (PSDB), foi presidente do FUSSESP - Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, quando o marido era governador.

Como política social, tinha coisas da velha prática de, em vez de promover cidadania, apenas fazer caridade, tal como a campanha do agasalho 2008, em parceria da grife de luxo DASLU (mesmo depois da operação da Polícia Federal devido à esquema de sonegação de impostos) com FUSSESP:
Campanha do agasalho, em parceria da Daslu com FUSSESP, em maio de 2008.
Essa camiseta deve entrar para história do Brasil, por todo o simbolismo que carrega:

A DASLU foi condenada por desviar milhões que deveria recolher aos cofres públicos, através de sonegação de impostos. Esse dinheiro é o que supre as verbas de programas sociais para promover cidadania.

No entanto, a mulher do ex-governador Serra foi prestigiar OFICIALMENTE, com uma parceria do governo do estado, em uma campanha de caridade com camisetas, que representa migalhas perto dos milhões sonegados do governo federal e do próprio estado de São Paulo.

Leia também:
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