sábado, 21 de maio de 2011

Babás vivem ascensão e chegam à classe média brasileira, diz ‘NYT’

FOLHA.COM

DE SÃO PAULO

Babás brasileiras vivem um momento de ascensão, em que estão quebrando o estereótipo de trabalhadoras que cobram pouco e se dedicam muito, segundo reportagem do “The New York Times”.

O jornal aponta que conforme aumentam as expectativas de melhora na qualidade de vida dessas profissionais, mais ela buscam trabalhar para as classes sociais mais abastadas e se tornam menos acessíveis para as famílias de classe média.

De acordo com o “Times”, a mudança tem causado um problema em uma sociedade em que cada vez mais mulheres ingressam no mercado de trabalho sem que haja um sistema de creches elaborado, como ocorrem em nações industrializadas.

O diário relata o caso de uma brasileira, de 39 anos, que chegou à classe média após trabalhar por dez anos como babá. Segundo a reportagem, com o dinheiro que poupou, ela comprou um apartamento de dois dormitórios com bancada de granito na cozinha e uma pequena varanda, uma casa para a mãe dela, uma parte de um terreno para o seu irmão, além de uma bolsa Louis Vuitton.

O jornal aponta ainda que os rendimentos dos trabalhadores domésticos no Brasil (babás e empregadas domésticas) subiram 34% entre 2003 e 2009, mais do que o dobro do aumento médio de todos os profissionais no país. Ao mesmo tempo, as horas de trabalho caíram 5%, para 36,2 horas semanais.

O “Times” relata que está terminando o tempo em que babás aceitavam trabalhar por um salário baixo com apenas dois dias de folga a cada 15 dias. “Babás melhores qualificadas estão recusando trabalhar aos finais de semana e demandam salários duas ou quatro vezes maiores do que os pagos cinco anos atrás”.

Postado por Luis Favre
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Também do Blog do Favre.

Um comentário:

Jesus Divino Barbosa de souza disse...

Saraiva,

Ainda bem que não é toda a classe média que é míope, veja:

“Se o Brasil deseja deixar de ser um país de terceiro mundo, então é preciso permitir que todos participem do crescimento” (Fernanda Parodi).

Tem exceções, mas, infelizmente, o que predomina é gente que pensa assim:

“Agora q estou grávida, eu terei q procurar por alguém q ñ seja babá, porque as babás acham q estão em outro nível agora.” (Rafaella Toledo.

Ou seja, igual era na época da escravidão. Mas é exatamente esta corja que se a acha moderna.

Modernidade esta, que para eles é: serem os primeiros a consumirem esta parafernália tecnológica, que se torna obsoleta antes de universalizada, mesmo entre eles.

Veja esta charge do Angeli sobre empregada e madame: http://twitpic.com/47i3qr

Jesus Divino Barbosa de Souza
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