Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação
“É carnaval. Muita gente vai perguntar: e
daí? Daí que a maioria cai na folia e muitas vezes não se dá conta que a festa
está deixando de ser popular para se institucionalizar na base do deus mercado.
As escolas de samba entraram nessa lógica e hoje os desfiles viraram espetáculo
industrializado com regras castradoras. E para assistir no sambódromo o custo é
alto.
O tema é polêmico por natureza. Outro
exemplo é dos blocos de rua. Agora, o senso comum anda entoando a cantiga
segundo a qual o carnaval de rua ressurgiu com o monobloco etc e tal. Não é
verdade, antes da apropriação industrial dos blocos como começa a acontecer, o
carnaval de rua sempre se fez presente. Neste 2012 tem até bloco que nem
apresenta samba ou marcha, optando pelos Beatles e se dizendo responsável pelo
“ressurgimento” do carnaval de rua.
As exigências que a prefeitura cria para
permitir o desfile dos blocos são tantas que muitos desistiram de seguir as
normas. A burocratização do carnaval faz parte do esquema industrial que visa a
tornar a festa apenas uma fonte de lucros para poucos, como determina a
lógica do capital.
Mas, enfim, como o tema é muito sério e
complexo, tem muito folião que considera tal discussão chata. Prefere então
embarcar na festa, sem perceber que com o andar da carruagem em pouco tempo o
carnaval vai se afunilar e será para poucos pagando muito, como exige o
mercado.
Tem mais. Nestes dias de Carnaval, muita
coisa que acontece por aqui e pelo mundo afora fica em segundo plano. A mídia
de mercado aproveita o embalo e não divulga questões relevantes. É o caso da
repercussão que poderia ter um fato ocorrido na França e que envolve uma
empresa conhecida nesta plagas abençoadas por Deus e bonita por natureza.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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