De onde veio o dinheiro?

Claques pagas rivalizam em evento tucano em São Paulo

Os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura) e Bruno Covas (Meio Ambiente) fizeram uma disputa de claques pagas durante o terceiro debate entre os pré-candidatos tucanos à prefeitura.

Ambos alugaram ônibus para levar "militantes" ao evento, realizado na noite de ontem na Penha (zona leste). Covas levou dois e Matarazzo, três.

Além disso, a claque de Matarazzo era formada maciçamente por beneficiários do programa Fábricas de Cultura, da secretaria administrada por ele, que oferece atividades a crianças e adolescentes de 7 a 19 anos.

Alguns dos meninos levados ao evento eram menores de 16 anos --e, portanto, não aptos a votar nas prévias de 4 de março.

Os apoiadores de Covas exibiam bótons ilustrados com os dizeres "Covas outra vez". Questionado pela reportagem sobre a origem do objeto, um dos militantes respondeu que era "um covista histórico" e que tinha o bóton desde quando Mario Covas era governador.

O partido não paga material de campanha para os pré-candidatos.

QUEM PAGOU?

O PSDB informou que não pagou os ônibus usados para transportar apoiadores dos pré-candidatos.

A assessoria de Matarazzo afirmou que os veículos foram locados pelo vereador Adolfo Quintas (PSDB-SP), que apoia o secretário de Cultura e disse que a mobilização dos jovens das Fábricas de Cultura foi espontânea, capitaneada por lideranças jovens da zona leste.

Já a assessoria de Covas disse que foi a direção da zonal de José Bonifácio, na zona leste, quem bancou os ônibus.