sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PSDB usa dinheiro público para fazer campanha eleitoral

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Os tucanos, sempre tão ágeis para denunciar ou pedir CPI quando se trata de erros cometidos por seus adversários políticos, se calam quando a máquina pública e o dinheiro do contribuinte é usado por seus pares.
Uma matéria publicada nesta quinta-feira (9) no jornal o Estado de S. Paulo conta que "os candidatos à prefeitura de São Paulo pelo PSDB usaram estruturas de comunicação das secretarias de estado para tratar de assuntos relativos às prévias do partido". Nos últimos quatro meses, assessores de comunicação utilizaram espaços físicos e telefones vinculados às pastas dos candidatos para abordar temas específicos da disputa tucana, marcada para março, explica a matéria.
 A questão sobre o uso das estruturas do estado na pré-campanha veio à tona na semana passada, quando o twitter da Secretaria de Cultura, administrada pelo pré-candidato Andrea Matarazzo, repassou mensagem com elogio ao tucano. A estrutura de comunicação da secretaria do Planejamento, tocada pelo presidente municipal da sigla, Julio Semeghini, também foi acionada para demandas sobre o PSDB.
Os números dos telefones dos assessores, por meio dos quais são respondidas informações institucionais das pastas, foram usados no horário comercial para marcar compromissos de pré-campanha de Matarazzo, Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia). E-mails sobre prévias também foram respondidos por assessores dentro das secretarias.
Segundo informações do Estadão, no  dia 27 de janeiro, o jornal ligou para o diretório municipal do partido e pediu pela assessoria de imprensa. Recebeu, então, a informação de que questões sobre a legenda eram tratadas pela comunicação da Secretaria do Planejamento.
"Existe uma certa dificuldade de distinguir, de maneira radical e absoluta, atividade pública de uma atividade que seja estritamente partidária ou de pré-candidatura", disse Carlos Ari Sundfeld, professor da FGV-SP. "Mas existe um limite para isso, que não é exatamente fácil de distinguir em todos os casos", disse, ao Estadão.

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