Foto Almiro Lopes - Jornal Correio |
O Conversa Afiada reproduz texto de amigo navegante baiano, vítima dos amotinados:
Desde
a terça-feira feira, que as ruas de Salvador e das principais cidades
do interior da Bahia começaram a esvaziar, tomadas pelo medo que assusta
a população por conta da greve de parte dos policiais militares do
estado.
O motim é fruto da
“revolta” de apenas uma associação de praças da PM, entre as quase 30
que existem no estado. Esta minoria foi às ruas e está acampada na
Assembléia Legislativa da Bahia. O que chama a atenção é que em vez de
faixas e gritos de ordem, eles usam armas, apontam-nas para cima,
ameaçam e amedrontam a população, usam o seu “poder de armados” (porque
isso não é polícia) para fechar avenidas e gerar pânico.
O
que era para ser uma causa trabalhista, uma greve como acontece com
médicos e qualquer outro funcionário público, tornou-se uma causa
nacional. Por causa deste pequeno grupo que tenta aterrorizar Salvador, o
Governo Federal agiu rapidamente. Preocupado em manter a ordem pública
na Bahia, a presidenta Dilma Rousseff já enviou, até este sábado, mais
de dois mil militares do exército, quase quinhentos homens da Guarda
Nacional de Segurança Pública, além de solicitar apoio da Marinha, Força
Aérea e Polícia Rodoviária Federal. O General Gonçalvez Dias, que
comanda as ações no estado, disse que se for preciso, mais homens virão,
para que a população não seja prejudicada.
O
líder dos Policiais que estão em greve é o ex-soldado Marco Prisco, que
foi exonerado da corporação em 2002 por causa da atuação abusiva na
última greve da PM, em 2001. Sites da Bahia noticiam que ele é filiado
ao PSDB e que foi candidato a deputado estadual nas últimas eleições
pelo PTC. Enquanto a população está com medo, a oposição ao governo de
Jaques Wagner tentar ganhar espaço político, mas é abafada com as
decisões rápidas do governo Dilma.
Hoje,
chega a Salvador o Ministro da Justiçam José Eduardo Cardozo, que vai
falar das ações das Forças Armadas para tranqüilizar as pessoas.
Qualquer reivindicação de salário é válida, ainda mais quando se trata
da Polícia Militar, instituição fundamental para o crescimento da
sociedade. O que não dá para suportar é um motim contra o governo, feito
por uma minoria, assustando a população, levantando armas, cenas que
vão ao encontro do processo de democracia e respeito à legislação.
Em tempo: sempre com a mão de gato do PiG, serão os mesmo arruaceiros, que, no Ceará, também queriam derrubar a Dilma? – PHA
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