A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que, ainda que a
nova ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres,
Eleonora Menicucci, tenha "ideais", ela terá de se enquadrar às
políticas do governo. A nova ministra chega ao governo enfrentando
críticas por defender pessoalmente o direito ao aborto. Diante de
protestos de parlamentares - na quinta, deputados evangélicos voltaram a
criticar a nomeação de Menicucci - ela argumentou dizendo, durante sua
posse, que terá "lealdade com as metas de nosso governo assumidas".
"Compartilho uma história de luta pela democracia e tenho certeza que
nos orgulhamos dessa história. Foi uma Dura experiência da prisão. São
momentos em que o caráter, a dedicação, as convicções e as causas são
testados à exaustão. Tenho certeza que meu governo ganha hoje lutadora
incansável e inquebrantável pelos direitos da mulher, uma feminina que
respeitará seus ideais, mas que atuará sob as diretrizes do governo em
todos os temas sobre os quais terá atribuição", declarou a presidente,
que se referiu à nova ministra como "amiga e companheira".
A presidente, que nos anos de chumbo recepcionou a nova ministra no
presídio Tiradentes, abrigo de prisioneiras políticas do regime militar,
disse que ambas passaram pela "dura experiência da prisão" e afirmou
contar agora no governo com uma "lutadora incansável".
"Ela vem engrandecer meu governo e tenho absoluta certeza que ela é
capaz de assegurar, dentro da diversidade que é o nosso País, que todas
as situações sejam consideradas. Quando assumimos o governo, governamos
para todos os brasileiros, sem distinções políticas, religiosas ou de
qualquer outra ordem", completou Dilma.
À antecessora, Iriny Lopes, a presidente desejou "sorte" na campanha
eleitoral. "Todos nós do governo desejamos a Iriny muita sorte em seu
novo desafio. Todos nós desejamos a Iriny muito sucesso e recebemos a
ministra Eleonora com carinho e emoção", disse.
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