Foto: Susana Vera/Reuters
Maior esportista espanhol declarava seus ganhos num paraíso fiscal e pagava 1% em vez dos 30% obrigatórios; num país mergulhado em crise econômica e existencial, multidões saem às ruas, bancos são rebaixados e funcionários públicos estão sendo obrigados a reduzir seus salários
Em profunda crise econômica e existencial, a Espanha do primeiro-ministro Mariano Rajoy vem tentando se impor pelo exemplo. Uma das medidas recentes anunciadas pelo governo foi a redução de 35% dos salários dos presidentes e diretores de empresas estatais. Foi uma forma de tentar conquistar apoio para uma reforma trabalhista que reduz benefícios e levou milhares de pessoas às ruas de Madri e de outras metrópoles espanholas neste domingo, em protesto.
Abatida por uma pesada dívida pública e perspectivas anêmicas de crescimento, depois do esgotamento de uma bolha imobiliária, a Espanha já foi rebaixada pelas principais agências de risco, assim como seus principais bancos, incluindo o Santander, que mantém forte presença no Brasil e na América Latina. A sonegação de Rafael Nadal é apenas o episódio mais recente de uma crise que parece não ter fim.
As firmas de Rafael Nadal, batizadas como Debamina, Goramendi e Aspemir eram geridas por Sebastian Nadal, pai do tenista. No país basco, pagavam 1% de imposto e, agora, serão tributadas em 30%. Portanto, Nadal pagou pelo menos 15 milhões de euros para regularizar sua situação fiscal. Um dinheiro não desprezível para um país em crise profunda.
Do Site Brasil247.
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