O
ATOR EXORTOU O REINO UNIDO A ADERIR A NEGOCIAÇÕES NAS NAÇÕES UNIDAS
SOBRE O ARQUIPÉLAGO, AO QUAL SE REFERIU COMO "AS ILHAS ARGENTINAS", E
DISSE QUE O MUNDO NÃO PODE TOLERAR A CONTINUIDADE DO COLONIALISMO
Brasil 247 14 de Fevereiro de 2012
247
com agências internacionais - O ator americano Sean Penn, conhecido
tanto pelos filmes quanto pelo ativismo político, assumiu publicamente o
apoio à Argentina na disputa com o Reino Unido pela soberania das ilhas
Malvinas.
Penn
se encontrou nesta segunda-feira com a presidente argentina, Cristina
Kirchner, e exortou o Reino Unido a aderir a negociações nas Nações
Unidas sobre o arquipélago, ao qual se referiu como “as ilhas Malvinas
argentinas”.
"O
foco deve ser a continuação das negociações e o diálogo entre o Reino
Unido e a Argentina e, obviamente, o mundo não pode tolerar enfoques
ridiculamente arcaicos que apostem na continuidade do colonialismo",
disse Penn na Casa Rosada depois de se reunir com a presidente Cristina
Kirchner.
O
Reino Unido afirma que não negociará a soberania das ilhas, às quais se
refere como Falklands, enquanto os habitantes do arquipélago quiserem
permanecer britânicos. O país intensificou a presença militar na região,
às vésperas do 30º aniversário da fracassada tentativa argentina de
retomar à força o controle das ilhas.
Em
uma breve declaração à imprensa, na companhia do chanceler Héctor
Timerman, o ator, que chegou a Buenos Aires por causa de sua missão
humanitária no Haiti, disse que "o compromisso tem que continuar sendo
manter as negociações para encontrar uma saída" para a disputa de
soberania pelas Malvinas, sob controle britânico desde 1833.
Penn,
ganhador de Oscars pelos filmes "Mystic River" e "Milk", é co-fundador
da ONG JP/HRO de ajuda às vítimas do terremoto que devastou o Haiti em
2010.
Em
meio a uma escalada de acusações entre os dois países, a Argentina
denunciou na semana passada na ONU uma "militarização" do Atlântico sul,
depois que o Reino Unido enviou à região um moderno destroier.
O
dia 2 de abril de 2012 marca os 30 anos da guerra que deixou 649
argentinos e 255 britânicos mortos e que acabou 74 dias depois, com a
rendição da nação sul-americana, então governada por uma ditadura
militar.
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