quarta-feira, 15 de julho de 2009

Dilma faz a ponte com os empresários


Copiado do Blog O TERROR DO NORDESTE, do amigo Gilvan Freitas, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

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Saraiva

Dilma faz a ponte com os empresários
Autor(es): Denize Bacoccina e Luciana de OliveiraIsto é Dinheiro - 12/07/2009Como a pré-candidata do PT vem costurando alianças com setores estratégicos da indústria, de olho em 2010Dilma Rousseff abandona a imagem de durona e, mais diplomática, tem conquistado apoio do setor privadoGerente do maior programa de investimentos do governo federal e política mais poderosa da Esplanada, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão presidencial, está lançando pontes em direção ao empresariado. E o melhor: muitos empresários já estão atravessando essas pontes, satisfeitos com a atuação da ministra no governo – uma exguerrilheira que hoje comemora a entrada de capital estrangeiro nas obras de infraestrutura que o País quer fazer. A ministra ainda não é unanimidade, e alguns setores da indústria paulista, por exemplo, temem que um governo Dilma abra espaço para a entrada em sua gestão de radicais do Partido dos Trabalhadores, alijados do poder pelo pragmatismo do presidente Lula. Apesar do temor, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que apoiou o presidente Lula na eleição de 2002 e hoje não se posiciona oficialmente sobre a eleição, chegou a ser cogitado como vice de Dilma, justamente para angariar o apoio da parcela que ainda vê a ministra com desconfiança.Mas se alguns temem a solidez da ponte, muitos já a atravessaram sem medo. “Ela vai encontrar muito apoio na classe empresarial, especialmente nos setores que estão satisfeitos com o governo Lula”, disse à DINHEIRO o presidente da Abinee, Humberto Barbato. O setor que ele representa, de eletroeletrônicos, tem sido beneficiado com o crescimento da economia e de programas como Luz para Todos e a redução do IPI para a linha branca. “Ela deve encontrar um bom apoio no setor eletroeletrônico”, diz ele. Outro que atravessou a ponte é o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, um expoente do agronegócio.Em contraponto à senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Maggi diz que, se for convidado pelo presidente, fará campanha em favor de Dilma. “O apoio a Lula trouxe muitos ganhos para o setor. O governo sempre esteve muito atento”, disse.
A situação de Dilma é diferente da enfrentada por Lula em 2002, que teve apoio de poucos empresários, como Oded Grajew, Lawrence Pih e Ivo Rosset. Nem a escolha de José Alencar como vice nem a Carta ao Povo Brasileiro declarando obediência às regras do jogo foram suficientes para acalmar os que temiam uma radicalização.Por enquanto, a ministra ainda não tem uma agenda específica de candidata. Mas já tem gente no PT cuidando disso. A trinca encarregada pelo presidente de fazer os primeiros contatos é formada por três ex-prefeitos – Fernando Pimentel, de Belo Horizonte, Marta Suplicy, de São Paulo, e João Paulo, do Recife. Eles devem se reunir no dia 20 para traçar a estratégia de abordagem dos empresários. “A receptividade tem sido muito boa”, contou à DINHEIRO Pimentel, que tem conversado com representantes de vários setores e ouvido elogios à ministra.Como gerente do PAC, ela administra um orçamento de R$ 646 bilhões entre 2007 e 2010, com repercussões em todo o País. O programa de habitação Minha Casa, Minha Vida vai injetar outros R$ 60 bilhões na economia. Em sua rotina no governo, Dilma está acostumada a lidar com grandes empresários e a tratar de grandes questões econômicas. Chegou a ser chamada de “ministra dos grandes negócios” pela interferência em negociações importantes, como a venda da Brasil Telecom para a Oi, com apoio do BNDES, e pela participação de estatais nos consórcios que disputaram as hidrelétricas do rio Madeira. Mas nem todos os negócios que a ministra colocou a mão foram bem-sucedidos, como a desastrosa venda da VarigLog.Mas, em linhas gerais, ela agrada. “Acho que o Brasil está muito bem servido com a Dilma. É uma candidata forte. Se eleita, o Brasil estará muito bem servido”, disse à DINHEIRO o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão. Ele não se incomoda nem com o gênio forte da ministra, criticado por quem já presenciou suas broncas não apenas em subordinados, mas também em colegas de ministério. “Ela era geniosa e explosiva, mas já melhorou muito.Ela tem gênio, mas mostra resultado”, diz ele. Na semana passada, Dilma recebeu em São Paulo o prêmio “Operário Número 1 da Construção”, da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), e foi recebida com tapete vermelho por 2,5 mil empresários e executivos do setor, que gostaram de ouvir a ministra dizer que o governo vai continuar incentivando o consumo de material de construção. O presidente da entidade, Cláudio Conz, não apoia explicitamente a candidatura de Dilma, mas o setor está satisfeito com a sua gestão. “Nós gostamos de vender material de construção. Somos uma entidade pragmática.O setor de infraestrutura, saneamento e habitação tem tido todo o apoio do governo”, disse Conz. Para o consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Gomes de Almeida, Dilma é vista como uma pessoa aberta à interlocução. “Ela simboliza o fazer dentro do setor público, que se criou a partir de uma tática do nada fazer e ficar sempre na defensiva.”Para o ex-ministro Delfim Netto, o importante é que a estabilidade está garantida. “Qualquer que seja o próximo presidente, a garantia que se tem é que o Brasil terá mais dez anos de crescimento sem inflação. Uma Autobahn alemã para o desenvolvimento”, afirmou Delfim Netto.
Postado por TERROR DO NORDESTE às 12:18 0 comentários

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