Copiado do Blog INTERESSE NACIONAL, do amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias.
Visitem este Blog.
Saraiva
Bric vai pedir que países ricos sigam gastando
Os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se reunirão na semana que vem em Londres, em nível de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais, para coordenar posição sobre os rumos da crise econômica global.
O Brasil presidirá o encontro e deverá insistir que, apesar dos sinais de que o pior da crise já passou, a prioridade precisa ser mantida em estímulos, para uma recuperação mais rápida, e não em estratégias de saída das medidas adotadas. Ainda mais que o desemprego continua em alta e causando enormes estragos sociais.O grupo divulgará comunicado na capital londrina, antecedendo reunião dos ministros do G-20 que vai finalizar a agenda da cúpula dos líderes marcada para o final de setembro, em Pittsburgh (EUA).O Bric vai cobrar ainda mais influência na governança global. Os EUA, a principal potência, reconhecem que sozinha não pode resolver os desequilíbrios globais.EUA e o Japão, as duas maiores economias do mundo, enfrentam forte queda no consumo de bens duráveis e nas encomendas de bens de capital. Já o países do Bric, com exceção da Rússia, se recuperam bem mais rapidamente e é neles que o consumo crescerá mais no futuro, o que atrai mais negócios das empresas multinacionais.Alguns bancos já questionam a participação da Rússia no grupo, devido a seu fraco desempenho econômico. Por outro lado, também se aponta o perigo de a China estar inflando uma próxima bolha a explodir na economia mundial.O Rabobank, da Holanda, vê "sinais significativos" de que o enorme pacote de estímulo de US$ 585 bilhões da China começou a inflar uma bolha, pois 30% dos novos créditos foram direto para o mercado imobiliário e 20% para a bolsa de valores. Se houver uma bolha chinesa, a recuperação brasileira estará em risco, estima o banco.Outro tema importante em Londres será a regulamentação dos bancos. Há o temor, inclusive na Europa, de que a aparente recuperação dos bancos nos EUA possa frear o ânimo político necessário para impor restrições ao setor.O ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidirá a reunião do dia 4 em Londres, pois o Brasil sediará a cúpula do Bric em 2010.A Rússia, que sediou a primeira cúpula, em junho, admite que a reunião de Londres não deve por ênfase na questão de uma alternativa ao dólar como moeda global de reserva. O Brasil vem negociando com a China para testar o uso de moedas nacionais no comércio bilateral e propôs o mesmo à Índia, que parece pouco entusiasmada.Sobre a Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, a Índia vai sediar na semana que vem uma reunião de ministros, mas as perspectivas não são otimistas.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 13:41 0 comentários
Marcadores: Brasil Global Player, Bric, Geopolitica
Os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se reunirão na semana que vem em Londres, em nível de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais, para coordenar posição sobre os rumos da crise econômica global.
O Brasil presidirá o encontro e deverá insistir que, apesar dos sinais de que o pior da crise já passou, a prioridade precisa ser mantida em estímulos, para uma recuperação mais rápida, e não em estratégias de saída das medidas adotadas. Ainda mais que o desemprego continua em alta e causando enormes estragos sociais.O grupo divulgará comunicado na capital londrina, antecedendo reunião dos ministros do G-20 que vai finalizar a agenda da cúpula dos líderes marcada para o final de setembro, em Pittsburgh (EUA).O Bric vai cobrar ainda mais influência na governança global. Os EUA, a principal potência, reconhecem que sozinha não pode resolver os desequilíbrios globais.EUA e o Japão, as duas maiores economias do mundo, enfrentam forte queda no consumo de bens duráveis e nas encomendas de bens de capital. Já o países do Bric, com exceção da Rússia, se recuperam bem mais rapidamente e é neles que o consumo crescerá mais no futuro, o que atrai mais negócios das empresas multinacionais.Alguns bancos já questionam a participação da Rússia no grupo, devido a seu fraco desempenho econômico. Por outro lado, também se aponta o perigo de a China estar inflando uma próxima bolha a explodir na economia mundial.O Rabobank, da Holanda, vê "sinais significativos" de que o enorme pacote de estímulo de US$ 585 bilhões da China começou a inflar uma bolha, pois 30% dos novos créditos foram direto para o mercado imobiliário e 20% para a bolsa de valores. Se houver uma bolha chinesa, a recuperação brasileira estará em risco, estima o banco.Outro tema importante em Londres será a regulamentação dos bancos. Há o temor, inclusive na Europa, de que a aparente recuperação dos bancos nos EUA possa frear o ânimo político necessário para impor restrições ao setor.O ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidirá a reunião do dia 4 em Londres, pois o Brasil sediará a cúpula do Bric em 2010.A Rússia, que sediou a primeira cúpula, em junho, admite que a reunião de Londres não deve por ênfase na questão de uma alternativa ao dólar como moeda global de reserva. O Brasil vem negociando com a China para testar o uso de moedas nacionais no comércio bilateral e propôs o mesmo à Índia, que parece pouco entusiasmada.Sobre a Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, a Índia vai sediar na semana que vem uma reunião de ministros, mas as perspectivas não são otimistas.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 13:41 0 comentários
Marcadores: Brasil Global Player, Bric, Geopolitica
Nenhum comentário:
Postar um comentário