quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Bric vai pedir que países ricos sigam gastando


Copiado do Blog INTERESSE NACIONAL, do amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias.

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Saraiva

Bric vai pedir que países ricos sigam gastando
Os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se reunirão na semana que vem em Londres, em nível de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais, para coordenar posição sobre os rumos da crise econômica global.
O Brasil presidirá o encontro e deverá insistir que, apesar dos sinais de que o pior da crise já passou, a prioridade precisa ser mantida em estímulos, para uma recuperação mais rápida, e não em estratégias de saída das medidas adotadas. Ainda mais que o desemprego continua em alta e causando enormes estragos sociais.O grupo divulgará comunicado na capital londrina, antecedendo reunião dos ministros do G-20 que vai finalizar a agenda da cúpula dos líderes marcada para o final de setembro, em Pittsburgh (EUA).O Bric vai cobrar ainda mais influência na governança global. Os EUA, a principal potência, reconhecem que sozinha não pode resolver os desequilíbrios globais.EUA e o Japão, as duas maiores economias do mundo, enfrentam forte queda no consumo de bens duráveis e nas encomendas de bens de capital. Já o países do Bric, com exceção da Rússia, se recuperam bem mais rapidamente e é neles que o consumo crescerá mais no futuro, o que atrai mais negócios das empresas multinacionais.Alguns bancos já questionam a participação da Rússia no grupo, devido a seu fraco desempenho econômico. Por outro lado, também se aponta o perigo de a China estar inflando uma próxima bolha a explodir na economia mundial.O Rabobank, da Holanda, vê "sinais significativos" de que o enorme pacote de estímulo de US$ 585 bilhões da China começou a inflar uma bolha, pois 30% dos novos créditos foram direto para o mercado imobiliário e 20% para a bolsa de valores. Se houver uma bolha chinesa, a recuperação brasileira estará em risco, estima o banco.Outro tema importante em Londres será a regulamentação dos bancos. Há o temor, inclusive na Europa, de que a aparente recuperação dos bancos nos EUA possa frear o ânimo político necessário para impor restrições ao setor.O ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidirá a reunião do dia 4 em Londres, pois o Brasil sediará a cúpula do Bric em 2010.A Rússia, que sediou a primeira cúpula, em junho, admite que a reunião de Londres não deve por ênfase na questão de uma alternativa ao dólar como moeda global de reserva. O Brasil vem negociando com a China para testar o uso de moedas nacionais no comércio bilateral e propôs o mesmo à Índia, que parece pouco entusiasmada.Sobre a Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, a Índia vai sediar na semana que vem uma reunião de ministros, mas as perspectivas não são otimistas.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 13:41 0 comentários
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