segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Potência Global:Brasil confirma compra de US$10 bilhões em títulos do FMI


Copiado do Blog INTERESSE NACIONAL, do amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias.

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Saraiva

Potência Global:Brasil confirma compra de US$10 bilhões em títulos do FMI
É a primeira vez que o País empresta dinheiro para o Fundo, que utilizará a verba para ajudar países na crise.Brasil ja dá sinais que é uma Potência Global.
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ISTAMBUL - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta segunda-feira, 5, que o Brasil vai gastar US$ 10 bilhões para comprar bônus do Fundo Monetário Internacional, para impulsionar o poder do FMI em ajudar países durante a crise global. É a primeira vez que o País empresta dinheiro para o Fundo.
"Nós passamos de devedores a credores", disse Mantega antes do encontro anual do FMI e do Banco Mundial, que começa nesta terça-feira.
Na sexta-feira, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, pediu por um "aumento substancial" nos recursos dos membros, para que o Fundo possa agir como credor em última instância para oferecer estabilidade ao sistema monetário global.
O Brasil é o terceiro dos BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China - a se comprometer a comprar os novos bônus do FMI. A China foi a primeira, prometendo adquirir US$ 50 bilhões, enquanto a Índia prometeu US$ 10 bilhões. A Rússia demonstrou interesse em comprar US$ 10 bilhões, mas não confirmou.
O ministro apoiou a decisão do governo em junho de comprar os novos bônus do FMI e disse que acordos bilaterais para a compra estavam quase concluídos, para "oferecer financiamento imediato substancial ao Fundo".
"Este é um momento historio para nós. É a primeira vez na história que o Brasil empresta recursos para o FMI e, portanto, para a comunidade internacional", disse Mantega em entrevista com alguns repórteres em Istambul.
O Brasil está entre os países que estão conseguindo superar bem a crise econômica mundial, após atravessar uma breve recessão.
Mantega fez o anúncio três dias depois da vitória do Rio de Janeiro na disputa pela organização dos Jogos Olímpicos de 2016, ao derrotar as finalistas Chicago, Tóquio e Madri.
Na carta, entregue em mãos a Strauss-Kahn, o Brasil se compromete a "assinar um acordo de compra de bônus emitidos pelo Fundo no valor de 10 bilhões de dólares, sob condições que serão estabelecidas no contrato que assinaremos", explicou Mantega.
"Faremos uma assinatura por dois anos", indicou o ministro, acrescentando que o acordo será ratificado "nos próximos dias".
"É importante dizer que nós estamos colocando uma parte de nossas reservas, mas isto não significa uma diminuição da disponibilidade de recursos para o Brasil. É apenas uma mudança de ativos", ressaltou Mantega, lembrando que o país decidiu comprar bônus que podem ser vendidos a outros países, sem dar o dinheiro diretamente ao FMI.
"Com estes recursos, o FMI poderá ajudar os países que precisam de liquidez", disse o ministro, explicando que, com esta atitude, o Brasil responde a um apelo feito por Strauss-Kahn aos membros do Fundo para que não acumulem reservas e usem parte delas para dar à instituição os recursos necessários para contribuir com a recuperação da economia.
Segundo Mantega, os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) decidiram comprar um total de 80 bilhões de dólares em bônus do fundo; 50 bilhões serão adquiridos por Pequim e 30 bilhões igualmente divididos por Brasília, Moscou e Nova Délhi.
Agora, os quatro países vão negociar a possibilidade de colocar seus títulos nos Novos Acordos para a Obtenção de Empréstimos (NAP), programa que permitirá ao FMI dispor de 500 bilhões de dólares para conceder empréstimos rápidos a países em dificuldades.
Os BRICs, no entanto, condicionam esta decisão a uma garantia de que seu poder de decisão seja proporcional à contribuição feita ao NAP. O Fundo, por sua vez, se comprometeu no domingo a aumentar em pelo menos 5% as cotas dos países emergentes até 2011.
Os 80 bilhões dos BRICs representam 16% dos 500 bilhões previstos pelo programa, porcentagem que daria ao grupo de quatro países uma minoria de bloqueio.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 13:26 0 comentários
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