Presidente diz que reajuste dos aposentados depende de negociação com centrais sindicais
Mylena Fiori, do R7 em Brasília
Foto por Ricardo Stuckert
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em conversa com jornalistas nesta segunda-feira (21) em Brasília, que o reajuste dos aposentados deve ficar só para o ano que vem. Havia expectativa de que proposta de aumento fosse encaminhada esta semana ao Congresso pelo governo federal por meio de Medida Provisória.Novo mínimo começa em janeiro, mas aposentado deve esperar por reajuste
Na conversa no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a única certeza, por enquanto, é de que o governo mantém a proposta de reajuste do salário mínimo pela inflação do ano mais o PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas do país) dos dois últimos anos.
- Temos que esperar que o Congresso tome uma decisão. Nós temos uma proposta que é a do salário mínimo.
Segundo ele, o governo espera reajustar o mínimo já a partir de 1º de janeiro. Quanto ao reajuste dos aposentados, o governo vai esperar para ver as alternativas que serão apresentadas pelo Congresso.
Lula informou ainda que a decisão final depende de negociação do governo com as centrais sindicais.
Um acordo fechado em agosto com as centrais previa reposição da inflação mais aumento igual ao crescimento do PIB do ano anterior, até 2023, para aposentados que ganham até um salário mínimo.
Para aqueles que ganham mais de um salário mínimo, prevista reposição da inflação e ganho real equivalente à metade do crescimento da economia nos anos de 2010 e 2011. Para 2010, Pimentel anunciou um ganho real de 2,5%, calculado a partir do crescimento do PIB dos dois últimos anos, o que custará R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
A proposta ainda inclui estabilidade para quem está no último ano antes da aposentadoria. Também prevê a contabilização como contribuição, para fins de aposentadoria, os períodos em que o trabalhador recebeu seguro-desemprego. Outra inovação seria o fim do fator previdenciário, que hoje representa uma perda de cerca de 30% do tempo de serviço.
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