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Saraiva
O PIG e a manipulação semântico-pragmática (Parte I)
Por DiAfonso
Repercutem, na blogosfera, as discussões em torno do que o presidente LULA disse de fato e aquilo que alguns portais e sites da internet publicizaram. Eis o pomo da discórdia, por assim dizer:
"AS IMAGENS NÃO FALAM POR SI"
(fragmento do que supostamente LULA tenha dito e que foi veiculado por má-fé e disseminado com falhas interpretativas).
(fragmento do que supostamente LULA tenha dito e que foi veiculado por má-fé e disseminado com falhas interpretativas).
Analisando à luz dos conceitos da Semântica Linguística e da Pragmática e seu objeto de estudo (limite e/ou interação), podemos vislumbrar o episódio, teoricamente, da seguinte forma:
- A partir do que, propositalmente, noticiou a imprensa golpista, alguns sites se deixaram levar pela leitura da superfície textual.
- Ora, um texto não é e nunca será sua superfície. É muito mais que isso.
- Um texto se assemelha a uma teia de aranha: se um fio se parte, parte-se a vida da teia.
- Nesse sentido, o texto é um conjunto de partes que devem se compor. É um ir e um vir constantes para que a progressividade discursiva ganhe fôlego e sedimente a alma do próprio texto, preservando-lhe a existência.
Quanto ao aspecto estritamente semântico, isto é, quanto ao papel de "[...] explicar o que os termos, sentenças (ou proposições) significam, no sentido denotativo, ou de primeiro nível [...], pode-se avaliar o enunciado proposto pelo PIG nos moldes que se seguem, se lido isoladamente:
- O que LULA afirmara "[...] está levando analistas e leitores a interpretações equivocadas [...]", como bem disse o Luiz Carlos Azenha (Blog Vi o Mundo);
- Ou, ainda, o que o presidente enunciara está levando os leitores ao entendimento de que "[...] Lula é conivente com a patifaria do DEM, ou no mínimo está passando a mão na cabeça deles [...], como bem colocou Carlinhos Medeiros (Bodega Cultural).
Por outro lado, se se pretender delimitar o "[...] significado das frases, em função de um contexto dado [...]", papel que cabe à pragmática, a análise deverá ser conduzida considerando QUEM ENUNCIA e EM QUE CONTEXTO SITUACIONAL o enunciado está inserido.
No próxima postagem, a editoria do Terra Brasilis finalizará a exegese de uma manipulação semântico-pragmática muito frequente nas redações da mídia corporativa e golpista. Até lá!
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