«Nós
temos nesta Terra o lugar de Deus Todo-Poderoso… o Papa não é somente o
representante de Cristo mas é o próprio Jesus Cristo sob um manto de
carne» ( Leão XIII, carta-encíclica de 1894).
«Em
1952 foi formada uma aliança que juntou, pela primeira vez na história,
as Famílias Negras (nobreza europeia que historicamente pratica o
Espiritismo e o Ocultismo), os Iluminatti, o Vaticano e a Maçonaria. O
objectivo era trabalharem em comum na instalação de uma Nova Ordem
Mundial» (Milton William Cooper, escritor norte-americano in «Behold a Pale Horse»).
«Acredito que o branco que vejo é preto se a hierarquia da Igreja o tiver declarado...» (Exercícios Espirituais, «Inácio de Loiola»).
«Motivados
pelo amor de Cristo, assumimos a obediência como um dom dado por Deus à
Companhia por intermédio do seu Fundador... Ela une-nos à vontade
salvífica de Deus e, simultaneamente, constitui o vínculo da nossa união
em Cristo.
Deste
modo, o voto de obediência converte a Companhia num instrumento mais
eficaz de Cristo na Igreja, para auxílio das almas e maior glória de
Deus» (Inácio de Loiola, «Constituições da Companhia de Jesus»).
No
sentido que tradicionalmente lhe é dado pelos manuais escolares,
«iluminado» tem um significado eminentemente cultural e exprime o avanço
que as classes «cultas» alcançaram sobre o despotismo político,
sobretudo ao longo do século XVIII. Na actualidade, os conteúdos dessa
mesma expressão são muito diferentes. Trata-se agora de um estrato
ligado a um projecto secreto de mudança da sociedade, de sentido
maximamente reaccionário. O «iluminatti» deverá corresponder, neste
caso, a um misto de autómato jesuítico, de esbirro capitalista e de
agente activo da tecnocracia neoliberal.
Os
modernos «illuminati» nasceram no seio da Igreja católica, no século
XVIII, a partir de um grupo carismático presidido pelo padre jesuíta
Adam Weishaupt, o qual adoptou para o novo movimento o nome de Antigos e
Iluminados Profetas da Baviera, comunidade hoje conhecida como Ordem
dos Iluminatti. Que objectivos eram esses que os motivaram e continuam a
motivar?
Pouco antes das grandes
insurreições da Revolução Francesa, em 1789, registrava-se em toda a
Europa católica um forte descontentamento em relação à hierarquia da
Igreja. Esta, como sempre, permanecia ferozmente conservadora, enquanto a
sociedade laica evoluía a olhos vistos e se acumulava aceleradamente os
novos conhecimentos científicos que mudavam a face do mundo. Os povos
tomavam consciência da existência de «classes» desiguais perante o
Estado e da urgência em serem formadas novas dinâmicas verdadeiramente
laicas e mesmo opostas ao poder civil e eclesiástico. Em paralelo com a
constituição dos Iluminatti da Baviera, surgiram assim outros grupos
semi-secretos tais como os Irmãos do Livre Espírito, os Rosacruzes, os
Alumbrados, os Martinistas, o Palladium, os Filadélfios, etc. Não eram
ainda partidos políticos, na actual acepção do termo. Representavam,
sobretudo, «clubes de reflexão» com natureza de classe. Contestavam o
poder absoluto e a hierarquia religiosa mas mantinham os cultos e,
sobretudo, continuavam a abraçar os mitos. Por isso, a sua ligação
permanente a forças ocultistas. Propunham também uma sociedade política
fortemente hierarquizada, nos moldes das Constituições adoptadas pela
Companhia de Jesus e dotada com um governo mundial único.
O
Vaticano reagiu violentamente. Em 1798, os iluminatti foram reprimidos e
extintos. Na realidade, refugiaram-se na Maçonaria, nos quadros da qual
continuaram o seu incessante processo de expansão. O Vaticano
excomungara-os.
A partir de João
Paulo II, a atitude da Igreja em relação às sociedades secretas (Bula de
27/11/1983) mudou substancialmente. Independentemente do habitual «jogo
às escondidas» dos desmentidos oficiais é inegável que o Vaticano
passou a tolerar a participação de católicos em sociedades secretas.
Paralelamente, a Maçonaria abriu de par em par as suas portas aos
praticantes e sacerdotes católicos, ainda que desempenhando altos cargos
como bispos e cardeais.
Naturalmente
que num panorama tão altamente complicado como é o actual, os
ilustratti teriam de reaparecer em lugar de destaque. São eles que agora
tecem e ligam os elos convergentes dos poderes imperiais da banca, das
sociedades secretas, dos grupos fascistas com ou sem expressão legal e
da Igreja.
Continuaremos a tentar trazer os iluminatti para a luz do dia.
Jorge MessiasJornal Avante
No O Mafarrico
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