sexta-feira, 20 de março de 2009

Ele trabalha para eles, não para nós


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Saraiva
Ele trabalha para eles, não para nós
GUERRA DE CLASSES NA AMÉRICA
Por John Hemingway
Montréal (Canadá) - Vamos ser honestos, Karl Marx teria um vasto material para criticar os atuais dias na América. Os exemplos da nossa luta de classes estão por todo lado. Quando os principais executivos da GM e da Chrysler voaram para Washington, nos jatinhos particulares de suas companhias, para pedir socorro ao governo, a mídia foi rápida em apontar que os dirigentes máximos da industria automobilistica da América tinham problemas de imagem. Com suas empresas à beira da falência, eles agiam como se estivessem nos bons tempos da "bolha econômica". A ostentação da riqueza e de privilégios, numa época em que milhões de pessoas estavam sendo demitida foi um desastre, e num show de severidade o Congresso prometeu-lhes menos da metade do que eles disseram que precisavam para manter suas empresas em atividade. O Congresso também definiu que os contratos com os sindicatos de trabalhadores (U.A.W. United Auto Trabalhador), um dos mais generosos em termos de benefícios na América do Norte, teriam que ser drasticamente reduzidos, porque nesta crise todos teriam de "apertar o cinto".
Mas o que se aplica aos trabalhadores da linha de montagem da GM e Chrysler não é o mesmo para a elite financeira do país. Os que estão no grupo do 1% da população que controla 30% da riqueza da nação fazem suas próprias regras e quando querem distribuem prêmios entre si. Estes altos executivos destroem a prosperidade de uma companhia, e até mesmo as finanças de uma nação, mas bônus são bônus. Ë só olhar a American Insurance Group (AIG). AIG teria afundado em setembro se não fosse a generosidade do contribuinte americano. O Tesouro dos EUA possui efetivamente agora 79% do controle da AIG, a gigante dos seguros que já recebeu mais de 180 bilhões de dólares de socorro do governo. Na semana passada, no entanto, o Wall Street Journal descobriu que a empresa estava prestes a pagar cento e oitenta milhões em bônus para os mesmos dirigentes e trabalhadores, responsáveis pelo colapso da AIG, em primeiro lugar. Enquanto os trabalhadores da indústria de automóveis eram informados que ficariam sem suas pensões e seguro-saúde (alguns até mesmo sem seus empregos), os “melhores e mais brilhantes” da AIG ganhavam bônus, pagos pelo contribuinte Americano, que variam entre US $ 450.000 a US $ 3.000.000 .
Claro que, quando as pessoas começaram a ouvir falar desse último assalto e conectar os pontos que ligam a administração Obama a AIG e a Wall Street, de um modo geral, os números das pesquisas sobre o Príncipe da Esperança começaram a cair. O New York Times, em seguida, alertou para uma grave reação popular se o bom nome do Presidente começasse a ser comumente associado aos Banksters sem escrúpulos. De fato, foi o atual secretário do Tesouro, Tim Geithner, quem organizou o socorro original a AIG, quando ele era ainda o presidente do Federal Reserve Bank of New York. Ele sabia, melhor do que ninguém, que o governo dos EUA agora mandava na AIG e que em algum momento, se assim o desejasse, o governo poderia ter interrompido o procedimento da AIG. Se os bônus foram distribuídos, tal como planejado (e eles já foram pagos), isso só aconteceu porque foram aprovados por Geithner e Obama!
Assim, quando "Baby Face" Obama disse, como fez na segunda-feira, que ele estava tão indignado como a maioria das pessoas sobre os bônus e que ele "vai tentar" interromper os pagamentos, você sabe que nós estamos olhando para um homem que foi pego com as mãos na botija. Afinal, como podem os americanos não associar Obama à enorme fraude que os banksters da AIG estão cometendo? Ele é ou não é o Presidente dos Estados Unidos? Ele é? Bem, então, ele tinha o poder de suspender o pagamento desses vergonhosos bônus e se não o fez é porque ele é homem de frente de Wall Street. Ele trabalha para eles, não para nós. Ele sempre teve e terá o interesse deles em seu coração. Ele pouco se importa sobre o cidadão comum.
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