quarta-feira, 4 de março de 2009

A falácia dos 100 mil

Matéria copiada do Blog CIDADANIA.COM, do Eduardo Guimarães, citando como fonte o Blog do Oni Presente, ambos em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

Visitem estes dois excelentes blogs.

Façam uma ótima leitura e assistam o vídeo.

Saraiva

04/03/2009

Análise política

A falácia dos 100 mil

Atualizado às 16h57m de 4 de março de 2009

Do blog do Onipresente

Vamos desmontando o discurso dessa turma. Agora é a vez dessa história de que os mortos do regime castrense chegam a mais de cem mil, enquanto os mortos da ditadura brasileira chegariam a números que a mídia estima entre 300 e mais de 400.

É hilariante como os bate-paus dos blogs de Esgoto saem por ai balbuciando que o regime cubano matou 101.893,5 vítimas, 182.449,7 vítimas e outros números tão precisos que de cara se vê que não passam de chutes. A maioria desse pessoal, porém, não sabe de onde veio a informação que propaga.

Graças ao Antonio Arles, companheiro do MSM, descobrimos de onde vêm esses números. Como não poderia deixar de ser, vieram do bom e velho Olavão de Carvalho, um dos mais eminentes intelectuais de direita do país, que está em barco que me parece diferente do daqueles que navegam pelo Esgoto.

Vejamos, então, de onde saíram essas estimativas de mais de cem mil mortos do regime cubano. Segundo Olavo, em texto publicado em 2004, o número preciso é 115.127, e foi apurado pelo “economista Armando M. Lago, presidente da Câmara Ibero-Americana de Comércio e consultor do Stanford Research Institute”.

Conhecem o instituto ou o pesquisador? Nem eu. Pode ser falta de intimidade com o traçado, mas são números no mínimo controversos.

Sempre segundo Olavo de Carvalho, os números abrangem o período de 1959 até hoje e são compostos por vários tipos de mortes supostamente apuradas pelo tal Armando M. Lago. A destrinchar os números, pois:

· Fuzilados: 5.621.

· Assassinados extrajudicialmente: 1.163.

· Presos políticos mortos no cárcere por maus tratos, falta de assistência médica ou causas naturais: 1.081.

· Guerrilheiros anticastristas mortos em combate: 1.258.

· Soldados cubanos mortos em missões no exterior: 14.160.

· Mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga do país: 77.824.

· Civis mortos em ataques químicos em Mavinga, Angola: 5.000.

· Guerrilheiros da Unita mortos em combate contra tropas cubanas: 9.380.

Total: 115.127 (não inclui mortes causadas por atividades subversivas no exterior).

Muito bem. Agora alguém sabe como é que quantificam os tais 300 ou 400 mortos no Brasil? Vocês acham que somam assassinatos “extrajudiciais”? Será que envolvem até os que morreram de causas naturais? E soldados brasileiros mortos em combate, será que entram nessa estatística de mortos da ditadura brasileira? E soldados mortos em alguma eventual missão no exterior?

Vejam que a maioria dos 115.127 mortos (77.824, ou 68% do total) é pura especulação, porque muitos podem ter morrido por outras razões ou nem morrido. E é óbvio que o número de agentes da repressão não entram na contagem dos mortos da contra-revolução brasileira. Some-se a isso os 29.798 mortos em combates, e chegamos a 107.622, ou a 93% do número de Olavo.

Aqui no Brasil, não estamos falando disso. Falamos daqueles que foram presos para interrogatório pelos agentes da ditadura e que terminaram mortos. Compare-se a documentação produzida no Brasil e no exterior sobre os torturados da ditadura, comparem o volume de material divulgado e vejam quantas acusações minimamente críveis e fundamentadas há sobre tortura em Cuba.

Agora, peguem a evolução dos indicadores sociais em Cuba durante os últimos cinqüenta anos e comparem-nos com o período da ditadura brasileira. Enquanto em Cuba caiu a concentração de renda, melhoraram a Saúde, a Educação, a Habitação etc., no Brasil dos militares a desigualdade aumentou fortemente, a educação pública mergulhou num buraco, a saúde pública idem, as favelas proliferaram pelo país...

Por que não falam das vítimas dos Estados Unidos em ações militares no exterior? Chegariam a milhões. Não, querem falar de Cuba enquanto calam sobre Guantánamo, Abu Ghraib, Pinochet.

Mas nada disso nos interessa de fato. Estamos discutindo o NOSSO país. E essa gente que tenta nos desqualificar mandando-nos embora do Brasil, rumo a Cuba, não tem mais ou menos direito de fazê-lo do que nós mesmos teríamos. Quem são eles para quererem nos expulsar do Brasil e negar-nos direitos de cidadão como o de criticar defesas do regime assassino de 1964?

O Estado brasileiro aceitou inclusive reparar os prejudicados pela ditadura. É a lei reconhecendo que ditadura existiu. Podem não gostar disso, mas é um fato: os que defendem a ditadura militar brasileira atacam a lei do país, que condenou aquela ditadura.

Não há lei no Brasil que seja atacada quando se diz que não dá para comparar a ditadura militar brasileira com o regime cubano vigente há 50 anos. Mas há lei que é atacada quando se diz que um regime que levou o Estado hoje a indenizar vítimas, foi “brando”.

Arautos da mentira

Reproduzo, abaixo, artigo do senador democrata Demóstenes Torres extraído do blog de Ricardo Noblat

No dia 28 de agosto o Brasil vai ser comemorar os 30 anos da edição da Lei de Anistia. Devíamos estar felizes, mas o diploma legal que deu início à pacificação do Brasil está pronto para ser usurpado. Parte minoritária da nação – em especial a patrocinada pelo governo Lula e suas organizações não-governamentais regiamente remuneradas com dinheiro público – quer se desfazer da lei que deu início justamente à redemocratização brasileira.
Para ler mais, clique aqui

Blog do Rovai / site da revista Fórum

O Renato Rovai, editor da revista Fórum e do blog do Rovai, avisa que o provedor das duas páginas na internet, uma empresa chamada "Rits", os deixou na mão durante os últimos três dias e não há previsão, ainda, de retorno. Qualquer informação, aviso vocês aqui.
Escrito por Eduardo Guimarães às 14h59[(20) Opiniões - clique aqui para opinar] [envie esta mensagem]




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