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Saraiva
Vladimir Platonow
Da Agência BrasilNo Rio de JaneiroO presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (29) da inauguração das primeiras grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na cidade do Rio. A partir das 10h, ele estará no Complexo de Favelas de Manguinhos, onde serão entregues quatro novas instalações.Sem obras do PAC, vizinhos do Complexo do Alemão, no Rio, sentem-se o "primo pobre"Vão ser abertos ao público o Centro Vocacional Tecnológico, que oferecerá vagas a 1.500 alunos, em 17 cursos profissionalizantes, um parque aquático com duas piscinas e ginásio esportivo, uma super Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com serviços de saúde 24 horas, e um Posto de Orientação Urbanística e Social (Pouso) para controlar a expansão e a construção de imóveis na comunidade.Por volta do meio-dia, Lula almoça com o governador Sérgio Cabral, secretários e ministros no Palácio Laranjeiras. Em seguida, às 15h, o presidente inaugura mais um conjunto de obras, desta vez no Complexo do Alemão.Ali vão ser entregues 56 apartamentos - com dois quartos e 58 metros quadrados - e aberto o Centro de Geração de Renda, destinado a facilitar a contratação dos trabalhadores por empresas interessadas, além de abrigar instalações para microcrédito, incubadora de novos negócios e serviços de apoio.Até 2010, será investido cerca de R$ 1 bilhão em obras do PAC nas comunidades do Alemão e de Manguinhos. O principal objetivo é levar serviços básicos e infraestrutura, beneficiando diretamente 40 mil famílias e ajudando a diminuir os altos índices de violência nessas duas regiões.Para o presidente da Associação dos Moradores da Favela Nova Brasília, Alcides de Almeida, conhecido na comunidade como Cidinho, as obras do Complexo do Alemão estão mudando até a auto-estima dos jovens, que ficaram estigmatizados pela imagem de violência que a região adquiriu nos últimos anos."Hoje você passa em qualquer rua do Complexo do Alemão e vê valas negras, colégios abandonados, sem creche, sem estrutura nenhuma. Então o jovem que desce para um baile na zona sul não gosta de trazer sua namorada, por vergonha. A partir do momento em que está sendo feito esse melhoramento, já mexe com a estrutura deles", contou Cidinho.Segundo ele, o abandono de anos acabou criando um círculo vicioso, ao permitir o crescimento da violência e o consequente fechamento de diversas fábricas que funcionavam no local, com milhares de trabalhadores, grande parte da própria comunidade."Só a fábrica da Coca-Cola empregava 3 mil funcionários. Daqui saíram várias firmas, e os pais desses jovens ficaram desempregados. E agora eles ganham novamente a oportunidade de ter a carteira assinada com as obras", afirmou.A chegada de obras, investimentos e vagas de trabalho, para o líder comunitário, é a solução para combater a violência no Complexo do Alemão, que por muitos anos ficou conhecido como "a fortaleza do tráfico" e foi palco de confrontos sangrentos entre polícia e criminosos, com um saldo de centenas de mortos."Se você traz a educação, o desenvolvimento, o emprego, os jovens não querem se envolver com coisas erradas. Eles querem construir coisas boas. Caveirão [veículo blindado da polícia] e brutalidade só atrapalham e espantam", disse.
Da Agência BrasilNo Rio de JaneiroO presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (29) da inauguração das primeiras grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na cidade do Rio. A partir das 10h, ele estará no Complexo de Favelas de Manguinhos, onde serão entregues quatro novas instalações.Sem obras do PAC, vizinhos do Complexo do Alemão, no Rio, sentem-se o "primo pobre"Vão ser abertos ao público o Centro Vocacional Tecnológico, que oferecerá vagas a 1.500 alunos, em 17 cursos profissionalizantes, um parque aquático com duas piscinas e ginásio esportivo, uma super Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com serviços de saúde 24 horas, e um Posto de Orientação Urbanística e Social (Pouso) para controlar a expansão e a construção de imóveis na comunidade.Por volta do meio-dia, Lula almoça com o governador Sérgio Cabral, secretários e ministros no Palácio Laranjeiras. Em seguida, às 15h, o presidente inaugura mais um conjunto de obras, desta vez no Complexo do Alemão.Ali vão ser entregues 56 apartamentos - com dois quartos e 58 metros quadrados - e aberto o Centro de Geração de Renda, destinado a facilitar a contratação dos trabalhadores por empresas interessadas, além de abrigar instalações para microcrédito, incubadora de novos negócios e serviços de apoio.Até 2010, será investido cerca de R$ 1 bilhão em obras do PAC nas comunidades do Alemão e de Manguinhos. O principal objetivo é levar serviços básicos e infraestrutura, beneficiando diretamente 40 mil famílias e ajudando a diminuir os altos índices de violência nessas duas regiões.Para o presidente da Associação dos Moradores da Favela Nova Brasília, Alcides de Almeida, conhecido na comunidade como Cidinho, as obras do Complexo do Alemão estão mudando até a auto-estima dos jovens, que ficaram estigmatizados pela imagem de violência que a região adquiriu nos últimos anos."Hoje você passa em qualquer rua do Complexo do Alemão e vê valas negras, colégios abandonados, sem creche, sem estrutura nenhuma. Então o jovem que desce para um baile na zona sul não gosta de trazer sua namorada, por vergonha. A partir do momento em que está sendo feito esse melhoramento, já mexe com a estrutura deles", contou Cidinho.Segundo ele, o abandono de anos acabou criando um círculo vicioso, ao permitir o crescimento da violência e o consequente fechamento de diversas fábricas que funcionavam no local, com milhares de trabalhadores, grande parte da própria comunidade."Só a fábrica da Coca-Cola empregava 3 mil funcionários. Daqui saíram várias firmas, e os pais desses jovens ficaram desempregados. E agora eles ganham novamente a oportunidade de ter a carteira assinada com as obras", afirmou.A chegada de obras, investimentos e vagas de trabalho, para o líder comunitário, é a solução para combater a violência no Complexo do Alemão, que por muitos anos ficou conhecido como "a fortaleza do tráfico" e foi palco de confrontos sangrentos entre polícia e criminosos, com um saldo de centenas de mortos."Se você traz a educação, o desenvolvimento, o emprego, os jovens não querem se envolver com coisas erradas. Eles querem construir coisas boas. Caveirão [veículo blindado da polícia] e brutalidade só atrapalham e espantam", disse.
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