sexta-feira, 29 de maio de 2009

São Paulo está entre as piores cidades do Estado para idosos


Copiado do Blog do FAVRE, do Luis Favre, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

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Saraiva

São Paulo está entre as piores cidades do Estado para idosos
Capital fica em 503º lugar entre 645 municípios; cidade de apenas 6.000 habitantes é a melhor para a terceira idade
Estudo do governo de SP e da Fundação Seade leva em conta mortalidade precoce, acesso à renda e atuação em atividades diversas
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO - FOLHA SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Estudo do governo de São Paulo divulgado ontem mostra que a capital é uma das piores cidades do Estado em condições de vida para os idosos.Dos 645 municípios paulistas, a cidade de São Paulo está na 503ª posição, com 38 pontos numa escala de zero a cem.Para a dentista Helena Baitz, 66, o que São Paulo oferece para os idosos é “um horror”. “Eu me reúno com grupos de amigos para cantar e nos divertir, mas é um grupo. A maioria dos idosos tem mais motivos de insatisfação que de alegria”, diz.O índice do estudo leva em conta mortalidade precoce dos idosos, acesso à renda e participação em atividades culturais e esportivas, por exemplo.Entre as dez maiores cidades do Estado, apenas uma -São José dos Campos- tem índice considerado alto pelo governo.As outras nove (veja quadro nesta página) têm pontuação em torno de 50 ou abaixo.“A proporção de idosos é maior nas pequenas cidades. E é mais fácil o poder público localizar essa faixa etária e dar atenção a ela”, diz Felícia Madeira, diretora-executiva da Fundação Seade, que fez o levantamento em conjunto com a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento.“Se as cidades não fizerem nada, será uma bomba-relógio em todas as áreas”, afirma o secretário, Rogério Amato.Para Wilson Jacob Filho, professor titular de geriatria da Faculdade de Medicina da USP, as cidades menores são melhores em qualidade de vida para os idosos. Segundo diz, em todo o mundo os índices mais altos de longevidade não estão em megalópoles como São Paulo.“A cidade foi se transformando num ambiente hostil e não acolhedor a um idoso que tem algum grau de limitação”, afirma. “Nas cidades pequenas, as coisas são mais próximas, o idoso transita com facilidade. Além disso, na capital os familiares dos idosos são comprometidos com o trabalho. No interior sempre tem alguém mais perto para cuidar do idoso.”
Bailes e ginásticaA rotina de Donária de Lima Moreira, 85, é o retrato do dia a dia dos idosos de Santo Antônio da Alegria (a 331 km da capital), de 6.000 habitantes e cidade de SP com melhores condições para os idosos.Ontem, Donária acordou uma hora mais tarde, às 4h, porque na véspera ficara até a meia-noite assistindo ao jogo do São Paulo, seu time do coração. “É que às 7h já tinha de estar na aula de ginástica e, antes disso, precisava fazer muita coisa aqui em casa”, disse. Antes de se exercitar no Centro de Convivência do Idoso, ela arrumou a casa, passou e lavou roupas e alimentou as galinhas.Mas é aos sábados, dia de baile no CCI, mantido pela prefeitura, que a vitalidade dela se destaca. Donária é apontada pelas colegas como uma das mais animadas. “O que tocar eu danço. Bolero, valsa, forró”, diz.O casal Orildes José Firmino, 77, e Marcília Naves, 68, redescobriu o prazer de namorar há dez anos. Viúvos, resolveram tentar um novo relacionamento. Hoje, elogiam a tranquilidade da cidade e frequentam as aulas de ginástica e o forró.
Colaborou GEORGE ARAVANIS, enviado especial a Santo Antônio da Alegria.
Postado por Luis FavreComentários Tags: , , , , ,

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