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Saraiva
Lula trouxe da China bilhões em empréstimos e um acordo inovador no setor de óleo e gás."Oposição sem rumo" fica sem rumo
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Lula
Ele trouxe na bagagem a abertura para exportações de carne de frango e conseguiu um bom acordo no setor de petróleo e gás.Hu JintaoO líder chinês começou a discutir com o Brasil um eventual acordo para eliminar o dólar no comércio bilateralA sopa doce ao final do banquete não agradou aos paladares brasileiros, mas a MPB tocada durante o jantar conquistou a comitiva que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua segunda visita oficial à China, na semana passada. Ao fundo, um painel retratava a muralha que durante séculos protegeu o país de invasões estrangeiras, mas que agora está começando a se abrir para o Brasil. Durante a missão, dois grandes negócios foram fechados: um empréstimo de US$ 10 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China para a Petrobras e um compromisso de investimento de US$ 4 bilhões da Wuhan Iron and Steel na MMX, de Eike Batista.Os chineses também confirmaram a instalação de uma fábrica da montadora Chery no Brasil, além de um crédito de US$ 800 milhões para o BNDES e outros US$ 100 milhões para o Itaú BBA, para o financiamento de exportações. São os primeiros investimentos de vulto no Brasil depois de várias promessas e anúncios que não se concretizaram nos últimos anos.acordo bilionário Gabrielli, da Petrobras, garantiu empréstimo de US$ 10 bilhões com o presidente Hu JintaoNo ano passado, os chineses, que já são os maiores parceiros comerciais do País, investiram apenas uS$ 38 milhões no Brasil. Preferiram apostar na África, especialmente nos países produtores de minério e petróleo, onde investiram bilhões de dólares em projetos que também utilizam mão de obra chinesa. o governo brasileiro considerou a visita satisfatória, ciente de que as relações com a china são construídas lentamente. num jantar com sua equipe, lula descreveu como "quase infinita" a possibilidade de negócios entre os dois países, mas disse que o comércio externo é como um garimpo. "temos que garimpar. temos que convencer as pessoas de que nossos produtos são melhores", afirmou. um acordo como o que foi assinado entre a petrobras e o governo chinês é também um sinal dos tempos. nos anos 70, era o brasil quem precisava assegurar recursos naturais, tendo assinado contratos desse tipo com o iraque.Agora, autossuficiente em petróleo, o país pode se comprometer a vender 200 mil barris/dia para os chineses até 2019, obtendo como contrapartida os recursos para investir no pré-sal. "o acordo é o resultado de dois interesses comuns: o nosso, que temos petróleo, e o da china, que tem necessidade de petróleo e disponibilidade de recursos", disse à dinheiro José sérgio Gabrielli, presidente da petrobras. em outros setores, as conversas foram mais duras. os chineses fingiram que não ouviram os pleitos do governo - inclusive do presidente lula ao seu colega hu Jintao - de liberação da licença de exportação de 45 aviões da embraer para a empresa de aviação regional chinesa Kunpeng e de importação de carne bovina e suína. nesta área, lula só conseguiu a confirmação de que o governo chinês vai cumprir um acordo fechado em fevereiro e conceder licença de exportação de frango de 24 abatedouros já habilitados. o resultado agradou aos exportadores de carne de frango, que veem na china um mercado potencial para compensar a queda de 15% na demanda dos países desenvolvidos desde o início do ano.Já os exportadores de carne bovina e suína continuam sem acesso ao mercado que mais cresce no mundo. "infelizmente, ainda não foi desta vez que conseguimos abrir o mercado chinês para a carne suína nacional", lamentou o presidente da Associação brasileira da indústria produtora e exportadora de carne suína, pedro de camargo neto.E a Embraer saiu sem a garantia de conseguir enviar os aviões encomendados pela companhia chinesa. "a China está crescendo acima da demanda mundial e, por isso, esse contrato seria tão importante", disse à DinhEiRo o presidente da empresa, Frederico Curado.A pauta de exportações brasileiras para a china ainda está concentrada em produtos básicos, mas vem crescendo. A participação do país asiático nas vendas nacionais saltou de 8,3% no ano passado para 13% nos primeiros meses deste ano, com um volume de us$ 5,6 bilhões. o secretário-executivo do conselho empresarial brasilchina, Rodrigo Maciel, acha que os investimentos chineses na economia brasileira vão ajudar a diversificar a pauta de exportações. para ele, iniciativas como a viagem presidencial são fundamentais num país dominado pelo estado, como a china. "eles gostam de saber que o governo chancela as relações", disse à dinheiro.Mas como confidenciou um diplomata brasileiro, o país ainda está aprendendo que "negócio da china" é uma expressão que se usa com mais frequência por eles do que por nós.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às Domingo, Maio 24, 2009 0 comentários Links para esta postagem
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Lula
Ele trouxe na bagagem a abertura para exportações de carne de frango e conseguiu um bom acordo no setor de petróleo e gás.Hu JintaoO líder chinês começou a discutir com o Brasil um eventual acordo para eliminar o dólar no comércio bilateralA sopa doce ao final do banquete não agradou aos paladares brasileiros, mas a MPB tocada durante o jantar conquistou a comitiva que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua segunda visita oficial à China, na semana passada. Ao fundo, um painel retratava a muralha que durante séculos protegeu o país de invasões estrangeiras, mas que agora está começando a se abrir para o Brasil. Durante a missão, dois grandes negócios foram fechados: um empréstimo de US$ 10 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China para a Petrobras e um compromisso de investimento de US$ 4 bilhões da Wuhan Iron and Steel na MMX, de Eike Batista.Os chineses também confirmaram a instalação de uma fábrica da montadora Chery no Brasil, além de um crédito de US$ 800 milhões para o BNDES e outros US$ 100 milhões para o Itaú BBA, para o financiamento de exportações. São os primeiros investimentos de vulto no Brasil depois de várias promessas e anúncios que não se concretizaram nos últimos anos.acordo bilionário Gabrielli, da Petrobras, garantiu empréstimo de US$ 10 bilhões com o presidente Hu JintaoNo ano passado, os chineses, que já são os maiores parceiros comerciais do País, investiram apenas uS$ 38 milhões no Brasil. Preferiram apostar na África, especialmente nos países produtores de minério e petróleo, onde investiram bilhões de dólares em projetos que também utilizam mão de obra chinesa. o governo brasileiro considerou a visita satisfatória, ciente de que as relações com a china são construídas lentamente. num jantar com sua equipe, lula descreveu como "quase infinita" a possibilidade de negócios entre os dois países, mas disse que o comércio externo é como um garimpo. "temos que garimpar. temos que convencer as pessoas de que nossos produtos são melhores", afirmou. um acordo como o que foi assinado entre a petrobras e o governo chinês é também um sinal dos tempos. nos anos 70, era o brasil quem precisava assegurar recursos naturais, tendo assinado contratos desse tipo com o iraque.Agora, autossuficiente em petróleo, o país pode se comprometer a vender 200 mil barris/dia para os chineses até 2019, obtendo como contrapartida os recursos para investir no pré-sal. "o acordo é o resultado de dois interesses comuns: o nosso, que temos petróleo, e o da china, que tem necessidade de petróleo e disponibilidade de recursos", disse à dinheiro José sérgio Gabrielli, presidente da petrobras. em outros setores, as conversas foram mais duras. os chineses fingiram que não ouviram os pleitos do governo - inclusive do presidente lula ao seu colega hu Jintao - de liberação da licença de exportação de 45 aviões da embraer para a empresa de aviação regional chinesa Kunpeng e de importação de carne bovina e suína. nesta área, lula só conseguiu a confirmação de que o governo chinês vai cumprir um acordo fechado em fevereiro e conceder licença de exportação de frango de 24 abatedouros já habilitados. o resultado agradou aos exportadores de carne de frango, que veem na china um mercado potencial para compensar a queda de 15% na demanda dos países desenvolvidos desde o início do ano.Já os exportadores de carne bovina e suína continuam sem acesso ao mercado que mais cresce no mundo. "infelizmente, ainda não foi desta vez que conseguimos abrir o mercado chinês para a carne suína nacional", lamentou o presidente da Associação brasileira da indústria produtora e exportadora de carne suína, pedro de camargo neto.E a Embraer saiu sem a garantia de conseguir enviar os aviões encomendados pela companhia chinesa. "a China está crescendo acima da demanda mundial e, por isso, esse contrato seria tão importante", disse à DinhEiRo o presidente da empresa, Frederico Curado.A pauta de exportações brasileiras para a china ainda está concentrada em produtos básicos, mas vem crescendo. A participação do país asiático nas vendas nacionais saltou de 8,3% no ano passado para 13% nos primeiros meses deste ano, com um volume de us$ 5,6 bilhões. o secretário-executivo do conselho empresarial brasilchina, Rodrigo Maciel, acha que os investimentos chineses na economia brasileira vão ajudar a diversificar a pauta de exportações. para ele, iniciativas como a viagem presidencial são fundamentais num país dominado pelo estado, como a china. "eles gostam de saber que o governo chancela as relações", disse à dinheiro.Mas como confidenciou um diplomata brasileiro, o país ainda está aprendendo que "negócio da china" é uma expressão que se usa com mais frequência por eles do que por nós.
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