terça-feira, 21 de julho de 2009

GIGANTE AGRÍCOLA

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Saraiva
GIGANTE AGRÍCOLA
AgropecuáriaBrasil é líder em produtividade.Progresso no campo faz país ultrapassar EUA e China, reforçando sua posição de potência mundial.Victor Martins Derci Cenci, produtor no DF: “Se gastamos R$ 50 mil em agricultura de precisão, sobram R$ 50 mil de adubo no galpão”.O Brasil é o país que possui a maior produtividade mundial na agropecuária. Comparado com os Estados Unidos, a China e outros países (veja gráfico abaixo), pode ampliar a colheita sem ter que expandir a área plantada, aumentar o uso de insumos ou elevar o emprego de mão de obra. Entre 1975 e 2008, os agricultores e pecuaristas brasileiros superaram os concorrentes estrangeiros a partir de investimentos em pesquisa e tecnologia. Os dados fazem parte de estudo da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, obtido com exclusividade pelo Correio, e que reforçam a posição do país como grande fronteira agrícola e potência global na produção de alimentos. A pesquisa mostra a produtividade e as fontes de crescimento da agropecuária. Uma das conclusões é de que o agricultor, o pecuarista e o trabalhador rural conseguem executar cada vez mais tarefas e serviços em menos tempo, avanço classificado como produtividade da mão de obra e mostra que esse foi o item com a maior taxa de desenvolvimento médio anual desde 1975, 4,09%. Esse progresso é justificado pela melhor preparação dos produtores rurais, que têm feito especializações em cursos técnicos e superiores. No ranking das taxas de produtividade, o segundo maior índice é o da terra (3,55% ao ano), o que significa que, a cada safra, é possível colher mais por hectare. O terceiro lugar fica com o capital aplicado (3,37%), indicador de que a mesma quantidade de recursos, máquinas e equipamentos pode fazer mais por uma área a cada ano que passa. Genética Nos últimos 33 anos, o produto agropecuário (tudo que a agricultura e a pecuária produzem em um ano) cresceu a uma taxa média anual de 3,68%. Em contraponto, o índice que mede a expansão de insumos teve variação de 0,01% e, o de uso das terras, 0,12% no período. “A agricultura cresce em linha diferente dos insumos, sem usar muitas terras, mão de obra, máquinas e equipamentos”, analisa o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques. Ainda de acordo com Gasques, a explicação para a menor quantidade de máquinas nas lavouras é atribuída ao desenvolvimento tecnológico: o maquinário está mais eficiente. A quantidade de tratores com até 49 cavalos de potência, por exemplo, comprados por produtores rurais, recuou 81% em 33 anos. Por outro lado, a venda de equipamentos com até 200 cavalos de potência aumentou 247%. Os dados do Ministério da Agricultura evidenciam que a mecanização no campo foi relevante, mas não foi determinante para uma produtividade maior que a de outros países. O fato crucial que proporcionou um salto nos resultados foi melhoramento genético de plantas e animais, permitindo aumento expressivo de toneladas por hectare. No caso da cana-de-açúcar, foi possível passar de 49 toneladas para 80 em 10 anos. Um exemplo bem-sucedido de alta produtividade baseada em pesquisa está no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), criado em 1977 para incentivar a agricultura na capital federal, que possuía um solo tido como difícil para se trabalhar na época. “Viemos para cá pela disponibilidade de terras, não sabíamos que elas eram improdutivas. A correção do solo demorou três anos para que pudéssemos plantar soja”, relembra o produtor Derci Cenci, um dos fundadores da região que tem os gaúchos como maioria da comunidade. Ele compara o tempo em que plantava no sul e produzia mil sacas de grãos por hectare. Achava “fantástica” a quantidade. Com os investimentos em tecnologia de melhoramento de solo e sementes no PAD-DF, Derci Cenci ampliou a produtividade para 20 mil sacas. “Hoje, o maior avanço é a genética do milho. Conseguimos fazer 38 variedades e temos condição de produzir até 230 sacas de milho por hectare”, comemora. Há cinco anos, a região produzia 120 sacas/hectare, 48% menos. Uma questão importante é que alta produtividade da região não produziu exclusivamente lucro. Por causa da supersafra, os produtores têm que administrar a falta de locais para armazenagem. Além dos galpões que já existiam, precisam construir mais quatro silos com capacidade para 200 mil sacas de trigo. Ainda assim, necessitam de pelo menos mais quatro locais semelhantes para guardar toda a safra. Resultados A partir de 1975, a produção de leite aumentou 7,95 bilhões de litros em média por ano até atingir 26,92 bilhões em 2008. Sob essa mesma base de comparação, a carne passou de 10,8 quilos de carcaça por hectare de pastagem para 38,6 quilos. No segmento das aves, a produção passou de 373 mil toneladas anuais para 10 milhões de toneladas. A pesquisa agrícola também possibilitou a introdução da soja no cerrado, que chega agora a atingir uma colheita média de até seis toneladas por hectare. A combinação de investimentos em treinamento, uso de tecnologia e intensa mecanização resultou na agropecuária de precisão, onde plantio, manutenção da lavoura, colheita e armazenamento obedecem a planejamentos cuidadosos. “A produtividade vem através do equilíbrio do solo, dos nutirentes que existem nele”, afirma Derci Cenci. “Se gastamos R$ 50 mil nessa agricultura de precisão, sobram R$ 50 mil de adubo no galpão”, emenda.EM ALTA10 milhões de toneladas é a produção média anual de carne de aves, maior que as 373 mil em meados da década de 70.7,5 bilhões de litros foi o aumento médio anual na produção de leite a partir de 1975.E EU COM ISSOA mesa farta dos brasileiros é consequência direta da alta produtividade no campo. À medida que o agricultor ou o pecuarista conseguem obter, com menos custo, uma colheita maior por hectare ou maior carcaça por animal aumenta a oferta de alimentos sem que haja pressão de preços ou escassez de produtos. Um fato relevante é que os bons e crescentes resultados no campo permitem ao Brasil não somente garantir o pleno abastecimento do mercado interno, como, também, suprir o mercado externo a exemplo da exportação de soja, milho, suco de laranja, carne e açúcar. (VM)
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às Terça-feira, Julho 21, 2009

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