Copiado do Blog INTERESSE NACIONAL, do amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias.
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Saraiva
Geopolitica_Brasil e Mexico querem ser Parceiros Estratégicos
Em uma mudança notável no tom dos documentos diplomáticos entre os dois países, o comunicado conjunto assinado pelos presidentes determina explicitamente aos funcionários iniciarem conversas para aumentar o comércio bilateral, incluindo possível negociação do acordo de livre comércio.
"Estamos trabalhando fortemente uma política de consolidação do livre comércio entre México e Brasil", garantiu Lula."É melhor um mercado de 300 milhões de consumidores que um de 110 milhões, para o consumidor, para os empresários", disse Calderón, que, em referência às resistências no México contra o livre comércio com o Brasil, defendeu analisar "serenamente, os convenientes e inconvenientes" do acordo de livre comércio.
"Há setores muito sensíveis. Posso assegurar aos empresários que estaremos muito atentos as suas inquietudes, suas opiniões, mas estaremos buscando como melhorar através dos benefícios do comércio."Na véspera, Calderón havia classificado como "tabu" a discussão do acordo. Até julho, os dois governos baniam o termo "livre comércio" dos documentos conjuntos, como fizeram, no dia 23, após visita a Brasília da ministra mexicana de Relações Exteriores, Patrícia Espinosa.
O comunicado assinado por ela e pelo ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, ficou na fórmula tradicional de defesa do "aprofundamento" dos acordos de redução de tarifas já existentes, e limitavam-se a defender "alternativas", como a troca de informações sobre as respectivas feiras empresariais.Após o sinal verde dos presidentes, ontem mesmo os negociadores dos dois países, o brasileiro Paulo França, diretor do Departamento de Integração Regional do Itamaraty, e a subsecretária mexicana de Negociações Internacionais, Beatriz Leycegui, decidiram, marcar, nos próximos dias, uma data para discutir como cumprir a determinação dos presidentes.Calderón reconheceu que, no México, a negociação de livre comércio com o Brasil "tem muitas resistências a vencer", e atribuiu as dificuldades a motivações "ideológicas", a "preconceitos" ou desconhecimento do potencial do Brasil, que mostrou a vantagem de diversificar mercados, segundo o mexicano.
"Para a crise econômica mais grave do século, é previsível que o crescimento que necessitamos não virá das economias desenvolvidas, dos Estados Unidos, da Europa, do Japão", disse. "Virá de economias emergentes, como China, Índia, Brasil e México".Abrigados no acordo de complementação econômica firmado pelos mexicanos com os países do Mercosul, na década passada, Brasil e México têm dois acordos de redução de tarifas de importação, um deles exclusivamente voltado ao setor automobilístico. Esse acordo com o México é o único, no Mercosul, que permite aos países sócios firmarem compromissos diferenciados, sem necessidade de aprovação dos parceiros no bloco - o Uruguai já assinou um acordo de livre comércio com o México. Para os industriais brasileiros, o mercado mexicano é o de maior potencial e deveria ser prioridade absoluta nas negociações comerciais do governo brasileiro.Há resistência, no Brasil, por parte do setor petroquímico, mas estão no México, hoje, os maiores obstáculos, segundo o governo mexicano, por "fadiga de acordos de livre comércio".
O país tem acordos do gênero com 44 países, e há grande temor na indústria e, principalmente, na agricultura mexicana em relação à competitividade dos produtores brasileiros, que atuam em áreas similares.Neste ano, o esforço da Confederação Nacional da Indústria (CNI) brasileira resultou em documento comum com o Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior que foi entregue aos dois governos, com propostas de redução de tarifas "para substancial abertura" do comércio bilateral.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 19:20 0 comentários
Marcadores: Geopolítica, Relação Brasil-Mexico
Em uma mudança notável no tom dos documentos diplomáticos entre os dois países, o comunicado conjunto assinado pelos presidentes determina explicitamente aos funcionários iniciarem conversas para aumentar o comércio bilateral, incluindo possível negociação do acordo de livre comércio.
"Estamos trabalhando fortemente uma política de consolidação do livre comércio entre México e Brasil", garantiu Lula."É melhor um mercado de 300 milhões de consumidores que um de 110 milhões, para o consumidor, para os empresários", disse Calderón, que, em referência às resistências no México contra o livre comércio com o Brasil, defendeu analisar "serenamente, os convenientes e inconvenientes" do acordo de livre comércio.
"Há setores muito sensíveis. Posso assegurar aos empresários que estaremos muito atentos as suas inquietudes, suas opiniões, mas estaremos buscando como melhorar através dos benefícios do comércio."Na véspera, Calderón havia classificado como "tabu" a discussão do acordo. Até julho, os dois governos baniam o termo "livre comércio" dos documentos conjuntos, como fizeram, no dia 23, após visita a Brasília da ministra mexicana de Relações Exteriores, Patrícia Espinosa.
O comunicado assinado por ela e pelo ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, ficou na fórmula tradicional de defesa do "aprofundamento" dos acordos de redução de tarifas já existentes, e limitavam-se a defender "alternativas", como a troca de informações sobre as respectivas feiras empresariais.Após o sinal verde dos presidentes, ontem mesmo os negociadores dos dois países, o brasileiro Paulo França, diretor do Departamento de Integração Regional do Itamaraty, e a subsecretária mexicana de Negociações Internacionais, Beatriz Leycegui, decidiram, marcar, nos próximos dias, uma data para discutir como cumprir a determinação dos presidentes.Calderón reconheceu que, no México, a negociação de livre comércio com o Brasil "tem muitas resistências a vencer", e atribuiu as dificuldades a motivações "ideológicas", a "preconceitos" ou desconhecimento do potencial do Brasil, que mostrou a vantagem de diversificar mercados, segundo o mexicano.
"Para a crise econômica mais grave do século, é previsível que o crescimento que necessitamos não virá das economias desenvolvidas, dos Estados Unidos, da Europa, do Japão", disse. "Virá de economias emergentes, como China, Índia, Brasil e México".Abrigados no acordo de complementação econômica firmado pelos mexicanos com os países do Mercosul, na década passada, Brasil e México têm dois acordos de redução de tarifas de importação, um deles exclusivamente voltado ao setor automobilístico. Esse acordo com o México é o único, no Mercosul, que permite aos países sócios firmarem compromissos diferenciados, sem necessidade de aprovação dos parceiros no bloco - o Uruguai já assinou um acordo de livre comércio com o México. Para os industriais brasileiros, o mercado mexicano é o de maior potencial e deveria ser prioridade absoluta nas negociações comerciais do governo brasileiro.Há resistência, no Brasil, por parte do setor petroquímico, mas estão no México, hoje, os maiores obstáculos, segundo o governo mexicano, por "fadiga de acordos de livre comércio".
O país tem acordos do gênero com 44 países, e há grande temor na indústria e, principalmente, na agricultura mexicana em relação à competitividade dos produtores brasileiros, que atuam em áreas similares.Neste ano, o esforço da Confederação Nacional da Indústria (CNI) brasileira resultou em documento comum com o Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior que foi entregue aos dois governos, com propostas de redução de tarifas "para substancial abertura" do comércio bilateral.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 19:20 0 comentários
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