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Saraiva
Deputados do PT criticaram duramente, na sessão plenária desta quinta-feira (20), a decisão da governadora Yeda Crusius de transferir para o governo federal os contratos firmados entre o Estado e as concessionárias que exploram as estradas gaúchas. O vice-líder da bancada petista, Raul Pont, classificou a medida de estapafúrdia. “É inacreditável que o governo gaúcho transfira os contratos para a União junto com uma dívida de R$ 1,1 bilhão, que ninguém sabe como foi constituída. É mais um factóide criado para desviar a atenção da opinião pública das denúncias de corrupção”, apontou.Segundo Pont, nem os membros do Executivo mostram consenso a respeito da dívida alegada pelas concessionárias. “Um ex-diretor do Daer afirmou na CPI dos Pedágios que o valor era de R$ 600 milhões. Outro disse que não havia dívida. E agora o governo anuncia que é de R$ 1,1 bilhão e quer repassar a conta adiante.”O parlamentar ponderou que os cálculos apresentados pelas concessionárias não são confiáveis e que o Executivo, até agora, não apresentou o estudo de viabilidade financeira dos contratos. “Os cálculos são verdadeiras trapaças, montados a partir da contratação de empresas do mesmo grupo das concessionárias e da total falta de controle do número de usuários das praças de pedágios”, enfatizou.Pont rebateu, ainda, declarações de integrantes da base do governo Yeda de que o governador Olívio Dutra agiu da mesma maneira ao denunciar o pólo de pedágio de Pelotas. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Quando nosso governo transferiu o pólo de Pelotas para União, o pedágio não estava instalado. Isso foi feito sem licitação pelo ex-ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, contra a vontade popular”.lembrou.CambalachoJá o líder do governo Lula na Assembleia Legislativa, Ronaldo Zulke (PT), disse que o governo tucano está aplicando um cambalacho a favor das concessionárias. “Estão passando a conta da irresponsabilidade política para o governo Lula. Este passivo, se existe, tem responsáveis aqui, a começar pelo PMDB, que foi o pai dos pedágios no Rio Grande do Sul”, frisou.Zulke disse que, ao invés de renunciar aos contratos, a governadora deveria renunciar ao poder. “Assumam a responsabilidade e resolvam a situação ou, então, passem a bola adiante e saiam do governo, que nós buscaremos uma solução que não afronte o povo gaúcho”, finalizou. (Por Olga Arnt, do sítio PTSul)*Ediçao deste blog
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