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Saraiva
Empresas brasileiras ampliam presença no exterior em 2009
A crise financeira global dificultou, mas não impediu empresas brasileiras de dar continuidade em seus processos de internacionalização. Pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), ISI Emerging Markets, KPMG e Fundação Dom Cabral revelaram que o desempenho das empresas brasileiras no exterior no primeiro semestre foi melhor do que era previsto para um período de crise global.
As instituições estimam que o esse foi o pior momento para o investimento externo e apostam em melhora na segunda metade do ano, permitindo ao país pelo menos repetir os resultados de 2006.Levantamento realizado pelo Cindes apontou, no primeiro semestre deste ano, dez anúncios de aquisição, fusão, joint venture ou ampliação feitos por empresas brasileiras na região da América do Sul e México, totalizando US$ 4,556 bilhões. No mesmo intervalo do ano passado, foram anunciados nove empreendimentos, com valor superior a US$ 4,6 bilhões (parte das negociações não tiveram o seu valor anunciado). O número de negócios efetivados, porém, foi menor - quatro, ante 15 no mesmo intervalo do ano passado.No semestre, foi anunciado investimento de US$ 60 milhões pela PDG Realty na construção de um complexo de 180 moradias em Buenos Aires e a aquisição pela Vale de ativos da Rio Tinto no Brasil, na Argentina e no Canadá, mas sem a divulgação do valor. No primeiro semestre de 2008, o total de investimentos efetivados na região foi de aproximadamente US$ 601 milhões. Para o diretor do Cindes, Roberto Iglesias, o desempenho das empresas foi melhor do que o esperado para um momento de crise. "A expectativa era de que não haveria sequer anúncios de investimentos no primeiro semestre. O resultado está menor, mas melhor que o esperado", afirma.De acordo com Iglesias, como o Brasil, outros países da América do Sul sofreram menos os efeitos da crise internacional do que outras regiões e já deram sinais de recuperação no segundo trimestre, o que facilitará a retomada dos investimentos na segunda metade do ano. "Ainda assim, o provável é que o desempenho seja semelhante a 2006."Avaliação semelhante é feita pelo sócio da KPMG e responsável pela pesquisa de fusões e aquisições feita no Brasil, Luís Motta. "O primeiro semestre teve um desempenho fraco. O mais provável é que realmente o país repita o desempenho de investimentos de 2006", afirma. Conforme pesquisa da KPMG, no primeiro semestre, foram realizadas 198 transações de fusões e aquisições, 39% menos que no mesmo intervalo de 2008. Esse foi o volume de negócios fechados por empresas nacionais e estrangeiras no país. As compras de estrangeiras por brasileiras recuaram de 27 para 12 transações no período; os negócios entre brasileiras baixaram de 101 para 97.Para Motta, como essas operações levam em média seis meses para se concretizarem, é natural que o pior resultado tenha ocorrido no segundo trimestre deste ano. Conforme o sócio da KPMG, surpreendeu no período o avanço de operações no setor de serviços, sobretudo em tecnologia da informação (25 ante 40 em 2008), mídia e telecomunicações (14 diante de 7 no ano passado); bancos (12 contra 11) e seguros (10 ante 9). "Outro fator que favoreceu foi o valor mais baixo das empresas, a maioria de pequeno porte", avalia. Motta espera recuperação das operações totais de fusão e aquisição apenas no quarto trimestre. Para o ano ele prevê total de operações próximo ao de 2006 (473 transações, contra 663 no ano passado).A Fundação Dom Cabral também divulgou ontem seu ranking das transnacionais brasileiras. A pesquisa apontou avanços no processo de internacionalização das empresas em 2008 e baseou-se nas receitas brutas de subsidiárias, no valor dos ativos e no número de funcionários das empresas no exterior. Pelo levantamento, a receita das 20 maiores transnacionais brasileiras vinda do exterior cresceu 27,3%, para R$ 134,9 bilhões. A receita total (mercado interno e externo) subiu 21,4%, para R$ 532,76 bilhões. A participação da receita obtida no exterior sobre o total foi de 24,16% para 25,32% em 2008.O total de ativos no exterior aumentou 32,13%, enquanto os ativos totais tiveram incremento de 19,14% no ano. A participação dos ativos em outros países sobre o total de ativos dessas empresascresceu, de 24,94% para 27,66%, para o equivalente a R$ 199,52 bilhões. O número de funcionários contratados no exterior também aumentou acima da média. Em 2008, essas transnacionais ampliaram o quadro total de pessoal em 14,52%, ou em 64.870 funcionários. Desse total, 41.321 foram contratados no exterior.De acordo com a listagem da Fundação Dom Cabral, a Gerdau apresentou o maior índice de transnacionalidade no ranking, com 63% dos ativos no exterior e aumento de 49% na receita, 52% nos ativos e 24% no número de funcionários em outros países.Em comparação com outros países, levantamento da consultoria ISI Emerging Markets revelou que o Brasil liderou as negociações do primeiro semestre, com 103 acordos, incluindo troca de ações, participação minoritária, controle acionário, privatização, abertura e fechamento de capital. Em igual intervalo de 2008 foram feitas 287 operações. A diretora para América Latina, Laura Prado, observou que, em valores, as negociações brasileiras mantiveram um patamar semelhante ao do primeiro semestre de 2008. Depois do Brasil estão Chile (87 acordos), EUA (63) e Argentina (57), entre outros.Segundo Laura, o Brasil foi favorecido pela valorização da moeda (que tornou o caixa das empresas mais forte) e pelas medidas de governo anticrise, que garantiram uma demanda forte no mercado interno. Com isso, as empresas mantiveram o faturamento com vendas em um nível que lhes permitiu investir no exterior.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 15:29 0 comentários
Marcadores: Brasil Global Player, Brasil Potência, Geopolitica
A crise financeira global dificultou, mas não impediu empresas brasileiras de dar continuidade em seus processos de internacionalização. Pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), ISI Emerging Markets, KPMG e Fundação Dom Cabral revelaram que o desempenho das empresas brasileiras no exterior no primeiro semestre foi melhor do que era previsto para um período de crise global.
As instituições estimam que o esse foi o pior momento para o investimento externo e apostam em melhora na segunda metade do ano, permitindo ao país pelo menos repetir os resultados de 2006.Levantamento realizado pelo Cindes apontou, no primeiro semestre deste ano, dez anúncios de aquisição, fusão, joint venture ou ampliação feitos por empresas brasileiras na região da América do Sul e México, totalizando US$ 4,556 bilhões. No mesmo intervalo do ano passado, foram anunciados nove empreendimentos, com valor superior a US$ 4,6 bilhões (parte das negociações não tiveram o seu valor anunciado). O número de negócios efetivados, porém, foi menor - quatro, ante 15 no mesmo intervalo do ano passado.No semestre, foi anunciado investimento de US$ 60 milhões pela PDG Realty na construção de um complexo de 180 moradias em Buenos Aires e a aquisição pela Vale de ativos da Rio Tinto no Brasil, na Argentina e no Canadá, mas sem a divulgação do valor. No primeiro semestre de 2008, o total de investimentos efetivados na região foi de aproximadamente US$ 601 milhões. Para o diretor do Cindes, Roberto Iglesias, o desempenho das empresas foi melhor do que o esperado para um momento de crise. "A expectativa era de que não haveria sequer anúncios de investimentos no primeiro semestre. O resultado está menor, mas melhor que o esperado", afirma.De acordo com Iglesias, como o Brasil, outros países da América do Sul sofreram menos os efeitos da crise internacional do que outras regiões e já deram sinais de recuperação no segundo trimestre, o que facilitará a retomada dos investimentos na segunda metade do ano. "Ainda assim, o provável é que o desempenho seja semelhante a 2006."Avaliação semelhante é feita pelo sócio da KPMG e responsável pela pesquisa de fusões e aquisições feita no Brasil, Luís Motta. "O primeiro semestre teve um desempenho fraco. O mais provável é que realmente o país repita o desempenho de investimentos de 2006", afirma. Conforme pesquisa da KPMG, no primeiro semestre, foram realizadas 198 transações de fusões e aquisições, 39% menos que no mesmo intervalo de 2008. Esse foi o volume de negócios fechados por empresas nacionais e estrangeiras no país. As compras de estrangeiras por brasileiras recuaram de 27 para 12 transações no período; os negócios entre brasileiras baixaram de 101 para 97.Para Motta, como essas operações levam em média seis meses para se concretizarem, é natural que o pior resultado tenha ocorrido no segundo trimestre deste ano. Conforme o sócio da KPMG, surpreendeu no período o avanço de operações no setor de serviços, sobretudo em tecnologia da informação (25 ante 40 em 2008), mídia e telecomunicações (14 diante de 7 no ano passado); bancos (12 contra 11) e seguros (10 ante 9). "Outro fator que favoreceu foi o valor mais baixo das empresas, a maioria de pequeno porte", avalia. Motta espera recuperação das operações totais de fusão e aquisição apenas no quarto trimestre. Para o ano ele prevê total de operações próximo ao de 2006 (473 transações, contra 663 no ano passado).A Fundação Dom Cabral também divulgou ontem seu ranking das transnacionais brasileiras. A pesquisa apontou avanços no processo de internacionalização das empresas em 2008 e baseou-se nas receitas brutas de subsidiárias, no valor dos ativos e no número de funcionários das empresas no exterior. Pelo levantamento, a receita das 20 maiores transnacionais brasileiras vinda do exterior cresceu 27,3%, para R$ 134,9 bilhões. A receita total (mercado interno e externo) subiu 21,4%, para R$ 532,76 bilhões. A participação da receita obtida no exterior sobre o total foi de 24,16% para 25,32% em 2008.O total de ativos no exterior aumentou 32,13%, enquanto os ativos totais tiveram incremento de 19,14% no ano. A participação dos ativos em outros países sobre o total de ativos dessas empresascresceu, de 24,94% para 27,66%, para o equivalente a R$ 199,52 bilhões. O número de funcionários contratados no exterior também aumentou acima da média. Em 2008, essas transnacionais ampliaram o quadro total de pessoal em 14,52%, ou em 64.870 funcionários. Desse total, 41.321 foram contratados no exterior.De acordo com a listagem da Fundação Dom Cabral, a Gerdau apresentou o maior índice de transnacionalidade no ranking, com 63% dos ativos no exterior e aumento de 49% na receita, 52% nos ativos e 24% no número de funcionários em outros países.Em comparação com outros países, levantamento da consultoria ISI Emerging Markets revelou que o Brasil liderou as negociações do primeiro semestre, com 103 acordos, incluindo troca de ações, participação minoritária, controle acionário, privatização, abertura e fechamento de capital. Em igual intervalo de 2008 foram feitas 287 operações. A diretora para América Latina, Laura Prado, observou que, em valores, as negociações brasileiras mantiveram um patamar semelhante ao do primeiro semestre de 2008. Depois do Brasil estão Chile (87 acordos), EUA (63) e Argentina (57), entre outros.Segundo Laura, o Brasil foi favorecido pela valorização da moeda (que tornou o caixa das empresas mais forte) e pelas medidas de governo anticrise, que garantiram uma demanda forte no mercado interno. Com isso, as empresas mantiveram o faturamento com vendas em um nível que lhes permitiu investir no exterior.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 15:29 0 comentários
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