quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Parlamentares do DEM manobram por voto aberto para expulsar governador Arruda do partido

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Parlamentares do DEM manobram por voto aberto para expulsar governador Arruda do partido
Demóstenes Torres e Ronaldo Caiado vão apresentar projeto na reunião da Executiva
Andréia Sadi, do R7
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O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO) e o senador Demóstenes Torres (GO) vão insistir pelo voto aberto na reunião de sexta-feira da Executiva que decidirá a expulsão do governador José Roberto Arruda. Arruda é acusado de liderar o mensalão do DEM, suposto esquema de pagamento de propina a aliados em troca de apoio parlamentar. Demóstenes disse ao R7 que vai apresentar proposta para ser deliberada entre os 41 membros da Executiva na sexta-feira.
- Eu já mandei fazer um estudo dizendo sobre a inconstitucionalidade do voto secreto. O voto secreto só é possível quando esculpido da própria Constituição. O resto é tudo aberto, o príncipio da publicidade. Vou defender que o voto seja aberto. Eu e o Caiado conversamos e vamos insistir.
O estatuto da sigla prevê que aplicações de medidas disciplinares sejam feitas apenas com dois tipos de votação: a secreta ou por aclamação. Com 41 pessoas participando da decisão (algumas com direito a mais de um voto), somente será possível saber como cada membro da Executiva votou na hipótese improvável de a decisão ser tomada por unanimidade.
Caiado disse que ainda não discutiu o voto secreto com o presidente da sigla, Rodrigo Maia (RJ), embora o seu voto seja conhecido.
- Não discuti (o voto secreto) o assunto com o presidente ainda. Se tiver deliberação, sim. Vamos decidir internamente.
Demóstenes, Caiado e o líder do Senado, José Agripino (RN), foram favoráveis à expulsão imediata de Arruda do partido, posição que não foi adotada. Com isso, Arruda ganhou oito dias para apresentar a sua defesa e convencer os demais colegas de que não deveria ser expulso do DEM.
A justificativa da direção do partido para adotar o voto secreto é baseada no argumento de que é necessário evitar deslizes jurídicos no processo de julgamento para reduzir as chances de Arruda conseguir, na Justiça, reverter sua punição.

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