Não é possível que nossa "grande imprensa" persista nessa cobertura ditada pela assessoria de comunicação do governo do presidente Barack Obama fazendo de um crime uma coisa que devemos comemorar.
O que uma geração deixa de mais valioso para as que a sucedem são seus valores. E, se compararmos o mundo de hoje com o de há mais de 50 anos devemos nos preocupar ao invés de regozijar.
Em 1945, terminada a II Guerra Mundial, criminosos de guerra foram levados a julgamento em Nuremberg. Qual o sentido daquilo? Diferenciar-nos dos criminosos. Era preciso que ficasse claro que aqueles homens que ordenaram o assassinato de milhões de seres humanos tinham valores diferentes dos nossos. Mas que, mesmo reconhecendo suas atitudes abjetas, reconhecíamos neles sua humanidade, e dávamos a eles o que não deram às suas vítimas: o direito a um julgamento.
Agora, o Prêmio Nobel da Paz, Barack Obama, presidente da nação mais poderosa do mundo, diz que foi feita justiça, quando soldados dos Estados Unidos assassinam um homem desarmado, em vez de levá-lo a julgamento, atendendo a compromisso de campanha feito pelo então candidato em 2008.
Um dia após o assassinato, o Jornal Nacional mostrou que sempre se pode fazer pior e produziu uma das edições mais vergonhosas de sua história. Todo o telejornal parece ter sido escrito pelos comunicadores de Obama. Foi uma cobertura ufanista, uma alegria, uma festa. Faltaram apenas bandeirinhas americanas no cenário e a execução do hino nacional dos EUA ao final. E William Bonner ainda disse que aquela era uma edição histórica do telejornal... Era mesmo, mas não pelos motivos que ele julgava.
Naquela noite, minha filha estava aqui comigo em casa fazendo o dever da escola. Ela nasceu no dia 11 de julho de 2001. No dia do ataque às Torres Gêmeas, 11 de setembro de 2001, ela completava dois meses de vida e estava no meu colo dormindo, enquanto eu assistia incrédulo ao ataque cinematográfico.
Em certo momento, na noite de 2 de maio agora, a pouco mais de dois meses de completar 10 anos, ela parou o dever e me perguntou o que era aquela notícia na TV. Expliquei a ela em linhas gerais quem era Bin Laden e o que estava acontecendo. Frase dela:
- Mas mataram ele e esse pessoal na rua fazendo festa?! Tadinho!...- e voltou ao dever.
"Tadinha de você, minha filha", penso eu agora ao mesmo tempo em que proponho uma pergunta para nossa reflexão: Que valores queremos deixar para nossos filhos, para as novas gerações, para aqueles que nos sucederão no planeta azul?
O que uma geração deixa de mais valioso para as que a sucedem são seus valores. E, se compararmos o mundo de hoje com o de há mais de 50 anos devemos nos preocupar ao invés de regozijar.
Em 1945, terminada a II Guerra Mundial, criminosos de guerra foram levados a julgamento em Nuremberg. Qual o sentido daquilo? Diferenciar-nos dos criminosos. Era preciso que ficasse claro que aqueles homens que ordenaram o assassinato de milhões de seres humanos tinham valores diferentes dos nossos. Mas que, mesmo reconhecendo suas atitudes abjetas, reconhecíamos neles sua humanidade, e dávamos a eles o que não deram às suas vítimas: o direito a um julgamento.
Agora, o Prêmio Nobel da Paz, Barack Obama, presidente da nação mais poderosa do mundo, diz que foi feita justiça, quando soldados dos Estados Unidos assassinam um homem desarmado, em vez de levá-lo a julgamento, atendendo a compromisso de campanha feito pelo então candidato em 2008.
Um dia após o assassinato, o Jornal Nacional mostrou que sempre se pode fazer pior e produziu uma das edições mais vergonhosas de sua história. Todo o telejornal parece ter sido escrito pelos comunicadores de Obama. Foi uma cobertura ufanista, uma alegria, uma festa. Faltaram apenas bandeirinhas americanas no cenário e a execução do hino nacional dos EUA ao final. E William Bonner ainda disse que aquela era uma edição histórica do telejornal... Era mesmo, mas não pelos motivos que ele julgava.
Naquela noite, minha filha estava aqui comigo em casa fazendo o dever da escola. Ela nasceu no dia 11 de julho de 2001. No dia do ataque às Torres Gêmeas, 11 de setembro de 2001, ela completava dois meses de vida e estava no meu colo dormindo, enquanto eu assistia incrédulo ao ataque cinematográfico.
Em certo momento, na noite de 2 de maio agora, a pouco mais de dois meses de completar 10 anos, ela parou o dever e me perguntou o que era aquela notícia na TV. Expliquei a ela em linhas gerais quem era Bin Laden e o que estava acontecendo. Frase dela:
- Mas mataram ele e esse pessoal na rua fazendo festa?! Tadinho!...- e voltou ao dever.
"Tadinha de você, minha filha", penso eu agora ao mesmo tempo em que proponho uma pergunta para nossa reflexão: Que valores queremos deixar para nossos filhos, para as novas gerações, para aqueles que nos sucederão no planeta azul?
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