As batalhas do Século XXI e a guerra que nunca termina.
O vencedor sempre teve a prerrogativa de escrever a história. A seu modo; com as verdades que lhe convinha.
Neste século, entretanto, não há vencedores. As guerras não são mais como antigamente quando o ganhador subjugava o derrotado, tomava suas terras e riquezas, escravizava o perdedor. As guerras de hoje nunca terminam.
O grande produtor de guerras do presente, os Estados Unidos da América, está metido em diversas frentes de batalhas: Iraque, Afeganistão, Paquistão e também dentro de seu próprio território, em plena Fifth Avenue ou no subterrâneo de uma estação de metrô no Brooklin.
A "guerra contra o terrorismo", como definiu George Walker Bush, é contra um inimigo invisível e invencível; de nada serve o aparato militar norteamericano contra um único homem embrulhado em bananas de dinamite. O estrago que este homem-bomba produz é infinitamente superior aos bombardeios de caças supersônicos americanos, do ponto de vista custo-benefício. É trágico, mas é real.
Porisso a guerra do Século XXI não tem fim. Não há inimigos militares e todos são inimigos, desde que usem turbante ou leiam o alcorão – livro sagrado dos muçulmanos. Porisso nunca haverá vencedores, mas só vitimas civis e inocentes. Na contabilidade ocidental, mata-se um suposto terrorista e surgem três. Ou quatro. Ou cinco. Ou?
O atentado contra o local onde se escondia Osama bin Laden foi bombardeado cirurgicamente pelas forças dos EUA no Paquistão. O Presidente Barack Obama mostra a cara em cadeia de TV para comunicar o assassinato do lider da Al Qaeda. Com um sorriso contido, Obama anunciou a morte como se pudesse erguer a bandeira da vitória. Uma vitória que não aconteceu. Nem acontecerá.
O bilionário saudita Osama bin Laden pode ter morrido no mundo ocidental -cristão, mas permanecerá vivo no oriente médio-muçulmano. Já em Setembro de 2001, bin Laden tornara-se ícone da luta contra o imperialismo, e um ícone não morre.
Pergunto ao leitor deste blog se é capaz de imaginar quantos jovens muçulmanos, neste exato instante, sentem-se covardemente atingidos pela morte de bin Laden. E quantos deles serão capazes de tomar armas e atacar alvos ocidentais. Dezenas? Milhares?
Nesta guerra, cada lado tem a autoridade para escrever a história do jeito que lhe convém. Cada frase para descever uma batalha pode tomar a tendência que quiser; ambos os lados são perdedores, cada um na sua proporção de culpa. O alvo não pára de se mover. E de se multiplicar. Não há dinheiro capaz de encerrar esta guerra.
O vencedor sempre teve a prerrogativa de escrever a história. A seu modo; com as verdades que lhe convinha.
Neste século, entretanto, não há vencedores. As guerras não são mais como antigamente quando o ganhador subjugava o derrotado, tomava suas terras e riquezas, escravizava o perdedor. As guerras de hoje nunca terminam.
O grande produtor de guerras do presente, os Estados Unidos da América, está metido em diversas frentes de batalhas: Iraque, Afeganistão, Paquistão e também dentro de seu próprio território, em plena Fifth Avenue ou no subterrâneo de uma estação de metrô no Brooklin.
A "guerra contra o terrorismo", como definiu George Walker Bush, é contra um inimigo invisível e invencível; de nada serve o aparato militar norteamericano contra um único homem embrulhado em bananas de dinamite. O estrago que este homem-bomba produz é infinitamente superior aos bombardeios de caças supersônicos americanos, do ponto de vista custo-benefício. É trágico, mas é real.
Porisso a guerra do Século XXI não tem fim. Não há inimigos militares e todos são inimigos, desde que usem turbante ou leiam o alcorão – livro sagrado dos muçulmanos. Porisso nunca haverá vencedores, mas só vitimas civis e inocentes. Na contabilidade ocidental, mata-se um suposto terrorista e surgem três. Ou quatro. Ou cinco. Ou?
O atentado contra o local onde se escondia Osama bin Laden foi bombardeado cirurgicamente pelas forças dos EUA no Paquistão. O Presidente Barack Obama mostra a cara em cadeia de TV para comunicar o assassinato do lider da Al Qaeda. Com um sorriso contido, Obama anunciou a morte como se pudesse erguer a bandeira da vitória. Uma vitória que não aconteceu. Nem acontecerá.
O bilionário saudita Osama bin Laden pode ter morrido no mundo ocidental -cristão, mas permanecerá vivo no oriente médio-muçulmano. Já em Setembro de 2001, bin Laden tornara-se ícone da luta contra o imperialismo, e um ícone não morre.
Pergunto ao leitor deste blog se é capaz de imaginar quantos jovens muçulmanos, neste exato instante, sentem-se covardemente atingidos pela morte de bin Laden. E quantos deles serão capazes de tomar armas e atacar alvos ocidentais. Dezenas? Milhares?
Nesta guerra, cada lado tem a autoridade para escrever a história do jeito que lhe convém. Cada frase para descever uma batalha pode tomar a tendência que quiser; ambos os lados são perdedores, cada um na sua proporção de culpa. O alvo não pára de se mover. E de se multiplicar. Não há dinheiro capaz de encerrar esta guerra.
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Do Blog SANDÁLIAS DO PIRATA.
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