segunda-feira, 9 de março de 2009

FOLHA: A VIDA EM PROSA E VERSO - IBGE X FOLHA



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Saraiva

FOLHA: A VIDA EM PROSA E VERSO

IBGE X FOLHA
1 - Divulgação do IBGE
De dezembro para janeiro, produção industrial avança 2,3%
Em janeiro de 2009, a produção industrial avançou 2,3% frente a dezembro de 2008, na série com ajuste sazonal, interrompendo uma seqüência de três resultados negativos. Entretanto, os índices revelam uma ampliação da tendência de queda nas comparações que envolvem períodos mais longos. Na comparação com janeiro de 2008, o decréscimo foi de 17,2%, registrando a terceira queda consecutiva nessa comparação. O indicador acumulado nos últimos doze meses manteve a trajetória descendente e atingiu neste mês de janeiro a taxa de 1,0%, sua marca mais baixa desde fevereiro de 2004 (0,2%).
O aumento observado na produção industrial, entre dezembro e janeiro, foi sustentado pela expansão em 15 dos 27 ramos investigados e atingiu três das quatro categorias de uso. O desempenho mais importante para o resultado global foi o de veículos automotores, cuja expansão de 40,8% refletiu o retorno parcial das férias coletivas concedidas pelo setor nos meses anteriores.Também merecem destaque os resultados de material eletrônico e equipamentos de comunicação (28,4%), borracha e plástico (13,6%), têxtil ( 10,3%) e alimentos (1,6%). Todos esses cinco ramos registraram forte recuo em dezembro: -40,8%, -39,0%, -20,3%, -11,9% e -4,3%, respectivamente. Entre as indústrias que reduziram a produção, na passagem de dezembro para janeiro, destacam-se: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,6%) e metalurgia básica (-4,7%).
Ainda na comparação com o mês anterior, no corte por categorias de uso, os índices foram positivos em bens de consumo duráveis (38,6%), bens de capital (8,4%) e em bens intermediários (0,8%), enquanto a produção de bens de consumo semi e não duráveis (-0,6%) registrou recuo pelo quarto mês consecutivo. A expansão observada na fabricação de bens de consumo duráveis vem após queda acumulada de 49,2% entre setembro e dezembro. O mesmo foi verificado em bens de capital, que cresceu após acumular perda de 26,5% em três meses. Em bens intermediários o avanço observado interrompeu seqüência de cinco resultados negativos, que significaram uma perda de 20,8% na comparação dezembro 08/julho 08.
Em relação a janeiro de 2008, o setor industrial recuou 17,2%, maior retração da série histórica iniciada em janeiro de 1991. Esse resultado evidencia o aprofundamento do ritmo de queda, que neste mês atingiu as 27 atividades investigadas, à exceção de outros equipamentos de transporte (39,2%). Outro indicador confirma o maior espalhamento de resultados negativos: o índice de difusão assinalou queda em 75% dos 755 produtos investigados, também o menor nível da série histórica desse indicador. Entre as atividades, o maior impacto negativo sobre o resultado global veio de veículos automotores (-34,5%), seguido por outros produtos químicos (-29,2%), metalurgia básica (-31,3%), máquinas e equipamentos (-24,4%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-45,9%).
Ainda na comparação janeiro 2008/janeiro 2009, todas as categorias apresentaram taxas negativas. A categoria Bens de consumo duráveis (-30,9%) registrou o recuo mais elevado, sobretudo, em função do desempenho observado em automóveis (-29,6%), celulares (-63,8%) e eletrodomésticos (-12,2%). A produção de bens intermediários (-20,4%) teve redução generalizada, com as principais pressões negativas vindo dos produtos associados às atividades de metalurgia básica (-31,3%), outros produtos químicos (-28,9%), indústrias extrativas (-18,4%), veículos automotores (-40,4%) e borracha e plástico (-24,0%). Vale mencionar a pressão negativa vinda dos insumos para construção civil com recuo de 9,8%, menor marca desde junho de 2003 (-10,0%).
A redução de 13,4% no segmento de bens de capital foi especialmente influenciada por máquinas e equipamentos para uso misto (-24,2%), seguido por bens de capital para fins industriais (-26,2%) e para construção (-66,1%). Ainda que seu desempenho tenha ficado bem acima do observado na média da indústria, a produção de bens de consumo semi e não duráveis (-8,3%) teve sua maior queda no indicador mensal desde os -8,4% de agosto de 2003 e mostrou redução em todos os grupamentos: outros não-duráveis (-9,6%), semiduráveis (-21,4%), alimentos e bebidas para consumo doméstico (-4,5%) e carburantes (-6,2%).
O primeiro resultado para o ano de 2009 (-17,2%), fica bem abaixo do índice para o quarto trimestre de 2008 (-6,3%), ambos frente a igual período do ano anterior. Esse movimento está presente em vinte e cinco dos vinte e sete ramos pesquisados e em todas as categorias de uso. A perda de ritmo foi mais intensa em bens capital, que após acréscimo de 2,5%, no último trimestre de 2008, registrou queda de 13,3% em janeiro. Em bens intermediários a redução passou de -9,2% para -20,4%, enquanto em bens de consumo duráveis passa de uma queda de -19,4% para -30,9%. A produção de bens de consumo semi e não duráveis foi a que mostrou a menor perda ritmo entre os dois períodos de comparação: de 1,2%, no quarto trimestre de 2008, para -8,3% em janeiro deste ano.
A taxa anualizada, medida pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, recuou na passagem de dezembro (3,1%) para janeiro (1,0%). Frente ao início do processo de perda abrupta de ritmo, em outubro passado, esse indicador perdeu 5,8 pontos percentuais. Nesse mesmo intervalo de tempo as categorias de uso tiveram o seguinte desempenho: bens de consumo duráveis (de 12,8% para 0,2%), bens de capital (de 20,0% para 12,0%), bens intermediários (de 5,6% para -0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (de 2,8% para 0,2%).
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1326&id_pagina=1
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2- Agora a matéria da Folha de São Paulo
07/03/2009
Indústria tem pior resultado em 19 anos, diz IBGE
da Folha Online
Se no mês de janeiro a produção da indústria brasileira cresceu 2,3% em relação a dezembro de 2008, na comparação com janeiro de 2008 a produção despencou 17,2%, informa matéria publicada na edição deste sábado da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
De acordo com o IBGE, o resultado é o pior nessa base de comparação desde 1990, quando o país viveu os efeitos do Plano Collor.
A maior retração, de 30,9%, foi
registrada pelo setor de bens de consumo duráveis --automóveis e eletrodomésticos--, seguido pelo dos bens intermediários, que compreende os insumos industriais, com queda de 20,4%.
Os bens de capital --máquinas e equipamentos--, que são como um termômetro da capacidade produtiva do país, encolheu 13,4%.
O setor que apresentou menor queda foi o de bens de consumo semi e não-duráveis, que abrange as indústrias de vestuário e alimento, com retração de 8,3%.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u530942.shtml
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3 - A opinião do Carceroni
Por quê a folha não apresentou o resultado apurado e divulgado pelo IBGE, que retrata, com destaque, uma importante recuperação imediata, porém registrando comparações negativas de longo prazo? O título da folha é capicioso e impreciso: Indústria tem pior resultado em 19 anos - que ao pé da letra, leva a pensar que a produção industrial brasileira regrediu o seu nível de produção ao que produzia há 19 anos atrás. Por quê o jornal prefere colocar palavras na boca do IBGE que nunca foram pronunciadas e esconder a recuperação da industria de janeiro em relação a dezembro, um fato auspicioso? Por que não emite a sua opinião de forma clara e explícita?
O jornal FOLHA DE SÃO PAULO, o principal portavoz de José Serra e da oposição, nunca divulgará ou reconhecerá sinais de recuperação econômica no Brasil, neste momento. Prefere aterrorizar e esconder a verdade de seus leitores. Se diz um jornal isento, mas não consegue mais esconder seu partidarismo, assim como a rede globo e as principais mídias nacionais. Para a Folha e para Serra: quanto pior melhor!
Como se vê nos resultados, o setor automotivo se recuperou da forte queda em dezembro e impulsionou a primeira alta na produção industrial brasileira desde setembro de 2008. A alta de 40,8% na produção de veículos foi o principal fator para a subida de 2,3% no indicador de janeiro, após uma queda de 12,4% em dezembro.
Com a alta de janeiro, o setor de veículos teve forte recuperaçã dos 40,8% que havia perdido em dezembro de 2008 na comparação com novembro. Na época, a maioria das montadoras optou por dar férias coletivas aos funcionários temendo um cenário de incertezas devido à crise. No mesmo mês, entrou em vigor a redução para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor, que ajudou a reduzir os preços dos carros.
Além da alta expressiva no setor de automóveis, os resultados de material eletrônico e equipamentos de comunicação (28,4%), borracha e plástico (13,6%), têxtil (10,3%) e alimentos (1,6%) também foram destaque. Todos esses cinco ramos registraram forte recuo em dezembro: -40,8%, -39,0%, -20,3%, -11,9% e -4,3%, respectivamente e se recuperam agora.
O governo brasileiro acertou ao apostar na redução de impostos sobre veículos. O setor automotivo cresceu no mercado interno, e não no externo. Isso significa que a redução do IPI elevou a demanda por automóveis dentro do País.
A maior surpresa foi o crescimento de 10,3% na indústria têxtil. Há tempos, o crescimento do setor de eletrônicos já era de conhecimento geral, mas a alta na indústria têxtil significa a geração de empregos imediatos em muitos estados. São mais emprego para uma mão de obra não necessariamente muito qualificada.
Esta é a primeira alta da produção industrial após um quarto trimestre completamente negativo. Sempre na comparação com o mês anterior, o indicador caiu 2,8% em outubro, 5,2% em novembro e 12,4% em dezembro. Ademais, apesar da crise, a produção da indústria é positiva e acumula alta de 1% nos últimos 12 meses.
Carceroni
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Na mesma Folha uma propaganda de condomínio fechado com 18 praças temáticas.
Depois de vender terrorismo contra o Brasil, vende o apartheid, e então, cinicamente alardeia a "crise da violência".

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