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Saraiva
DILMA: Ética do Cuidado com a Saúde - I Parte
Francisco Antônio de Andrade Filho
Aconteceu num sábado, dia 25 de Abril de 2009. Foi no Hospital Sírio-Libanês/São Paulo. A Ministra da Casa Civil confirmou que fará quimioterapia para combater um linfoma - câncer nos gânglios linfáticos. Notícias e lucubrações navegaram rapidamente pelo mundo inteiro. O Eros – desejos de vida; e o thanatos - desejos de morte. Vida e Morte, uma com a outra se contradizendo. Vida saudável para Dilma. Morte patológica dos deuses-homens, habitantes do mundo invisível, onde fantasias políticas travestem a realidade do golpe 1964. De um lado, a Dilma é a expressão do “Eros”- emoções que brotam vida Com ela, a solidariedade de seus amigos, amigas; simpatizantes e profissionais de saúde E Dilma viverá. Segura e guerreira, ela sentir-se-á bem nos caminhos da ética do cuidado com a saúde. Viva e linda, de corpo e espírito, será a próxima presidente do Brasil.
De outro, o “Thanatos” – sentimentos patológicos dos homens-deuses que matam. São os insanos da oposição política, membros do PIG e dos “CANSEI”, feridos no corpo e na alma. Esses, na expressão de Jack London, são os deuses-homens –, “os deuses espectros ambulantes a que se atribuem bondade e poder, afloramentos intangíveis do eu no reino do espírito”. Fracos, debilitados - eles próprios maltratados e pisoteados pelo câncer do ódio e da inveja -, esses pobres de espírito morrerão na praia. Afogados e derrotados em 2010, cavaram a própria cova. Nesta situação, a própria Dilma, em sua postura ética do cuidado com a saúde, contribui no combate àquele câncer no sistema linfático. Em vários momentos, pela sua comunicação, falada e escrita, revela seus desejos de vida; exibe suas fortes emoções de amor ao corpo e a alma. Ela revela qual foi o momento mais difícil após ser informada pela equipe médica sobre a doença:
Não foi nada agradável. Você tem filha? Algumas pessoas são mais frágeis, outras mais fortes. O presidente Lula me protege, me ajuda. A minha mãe e a minha filha, eu é que tenho de proteger. Você sabe o que é isso para um filho, e ainda ter que consolá-lo?
Na sede da Petrobras, no Rio, dia 30 de abril, em entrevista coletiva, demonstra que sua alma exulta de alegria e paz. E fala: “devo satisfação e gratidão ao povo pelas manifestações de apoio que venho recebendo, mas não vou transformar esse tratamento num espetáculo midiático. Até agora, eu não estou sentindo nenhuma consequência. Estou me sentindo da mesma forma que me sentia ontem, antes de ontem..."
A ministra percebe bem a riqueza do cuidado com sua saúde, proferida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Manaus, dia 27 de abril: A prioridade zero é a Dilma cuidar da saúde dela. Com essas coisas não se brinca. E a segunda prioridade dela, até para superar a primeira, é trabalhar. É enfiar a cabeça no PAC, 24 horas por dia". E na voz do vice-presidente José Alencar, a Dilma encontra conforto e esperança de vida.E diz: “Ela tem muito mais força do que eu. Primeiro porque dizem que mulher é muito mais forte que o homem, especialmente em casos de saúde. Em segundo lugar, ela tem demonstrado isso”. Os profissionais de saúde, com mais autoridade, reforçam os pronunciamentos de esperança dos amigos e das amigas da Dilma. Para o oncologista clínico Paulo Hoff; médicos Roberto Kalil Filho; e Yana Augusta Sarkis Novis, hematologista, afirmam que sua chance de cura é muito alta, superior a 90%.
Para seus comentários, indico quatro tópicos, extensivos ao conteúdo temático:
É necessário um novo modelo de empresa terapêutica, uma "medicina de relação", antes da medicina de órgãos, que recupere a totalidade do ser humano e considere o paciente como pessoa na unidade de todas as suas dimensões. É nesta "aliança terapêutica" entre médico e paciente, que pode animar uma nova cultura da saúde que evite a "coisificação" do paciente e a perda da humanidade na arte médica.
Essa (re)humanização da Medicina deve partir de uma revisão crítica da Antropologia médica, de sua educação, “de uma concepção antropológica na qual o ser humano é visto como totalidade integrada” e toda enfermidade é vista “como produto do homem inteiro: corpo, psique, espírito, história, sociedade”.
.2° - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional(Código de Ética Médica).
E numa dimensão holística da ética e espiritualidade, Platão afirma: “Da mesma forma que não pode curar os olhos sem a cabeça, ou a cabeça sem o corpo, também não se deve tentar curar o corpo sem a alma. Pois a parte nunca pode ficar boa se o todo não estiver bem”.
Postado por DANIEL PEARL às Quarta-feira, Maio 06, 2009 0 comentários Links para esta postagem
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