LUIZ COSTA
Disputa entre Patrus e Pimentel como candidatos divide partido
Terminada a disputa pelo comando do PT de Minas Gerais, na qual sobraram acusações recíprocas de fraude eleitoral, os dois grupos que polarizam a legenda abriram uma nova frente de batalha, desta vez pela realização de prévias para a escolha do candidato ao Palácio da Liberdade em 2010. Neste sábado (12), o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, apoiado pelo grupo do candidato Gleber Naime, derrotado na eleição interna para a presidência estadual, reiterou a disposição de concorrer ao Governo de Minas e cobrou a realização de prévias com uso de urnas eletrônicas. Na outra ponta, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, pré-candidato ao Governo mineiro apoiado pelo presidente estadual reeleito, deputado federal Reginaldo Lopes, rejeitou a tese de prévias e defendeu uma candidatura de consenso.
"Havendo mais de um candidato, o caminho natural é o caminho das prévias”, apontou Patrus. “ Agora, queremos prévias que previnam eventuais equívocos e dificuldades. Por exemplo, com urna eletrônica, com métodos mais transparentes, mais eficientes. Queremos prévia com princípios éticos e democráticos bem assentados, respeito aos filiados do nosso partido e com agenda de debates em todas as regiões de Minas.”
Pimentel refutou a proposta de Patrus. “A prévia, se for feita, nos deixa em situação difícil”, afirmou o ex-prefeito, que considera que o processo de eleição de candidatos só seria viável em abril do ano que vem, depois da realização do Congresso do PT. "Vamos perder quatro meses em discussões internas, enquanto os outros partidos farão alianças e campanhas”, argumentou.
Patrus, porém, discorda do argumento do lado adversário. “É posição, a meu ver, de quem tem medo de discutir com as bases do partido. Por que não discutir com as bases do PT?”, questiona o ministro. Pimentel opõe a este argumento a recente vitória de seu grupo na escolha da direção do PT de Belo Horizonte e de Minas. “Ganhamos o PT de alto a baixo, e nem por isso queremos impôr”, afirma.
Contra o argumento do tempo escasso, o deputado estadual André Quintão (PT), apoiador de Patrus, diz que a data limite para escolha de candidatos, conforme a lei eleitoral, é junho. “A única maneira de garantir a unidade do PT é com prévias democráticas”, afirma.
O presidente do PT de Belo Horizonte, Aluísio Marques, que apoia Pimentel, admite que a prévia está prevista no estatuto do PT para os casos em que há mais de um pretendente ao cargo eletivo. Contudo, Marques considera que a disputa seria inoportuna e defende uma solução de consenso, que daria mais tempo para a campanha. “É conversando que a gente se entende”, diz.
Um comentário:
Esse pago de PT dividido só interessa ao Hélio Costa. Quanto mais se falar em divisão, mais ele sai fortalecido, pois vai dar a impressão que o PT não terá força sozinho para fazer o futuro governador. O pessoal ligado ao ministro Patrus deveria colocar a viola no saco e aceitar a vitória de Fernando Pimentel. Unido, o PT é imbatível em Minas Gerais. Sai do caminho, Patrus. O senhor perdeu o bonde da história ao não concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte, abrindo espaço para a coligação que elegeu Márcio Lacerda. Se concorresse, seria eleito e ficaria fortlaecido para o Palácio da Liberdade. Ficou na pirraça e deu no que deu. Por favor, para de fazer pirraça e de prejudicar o partido que ajudou a fundar.
Abraços a todos,
Paul
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