No lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), para uma plateia de empresários, governadores e prefeitos, que lotou o centro de convenções Brasil 21, o Presidente Lula defendeu a continuidade das ações do atual governo, porque "os pobres deste país precisam que seja feito mais e a economia precisa que isso aconteça". O lançamento de ontem, que prevê investimentos de R$ 958,9 bilhões para o período 2011-2014 e outros R$ 631,6 bilhões para o período pós-2014, ele poderá se alterado por governadores e prefeitos.
Lula lembrou uma ameaça feita pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), que disse que o PSDB acabará com o PAC caso José Serra seja eleito: "Quem entrar aqui na Presidência não vai poder simplesmente pegar e dizer: 'eu não vou fazer isso aqui, vou rasgar e vou fazer outra coisa', porque terá os governadores eleitos e os prefeitos eleitos no pé, para que ele cumpra o compromisso do Estado brasileiro com a redenção definitiva deste país."
Lula agradeceu o empenho da chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, candidata à sucessão presidencial, e de sua equipe, na elaboração do PAC 2. "Sem eles, seria quase impossível lançarmos esse plano hoje". O presidente brincou com o antigo apelido dado por ele próprio a Dilma de mãe do PAC: "Certamente, eu não posso ficar chamando você de mãe eterna do PAC 2, porque daqui a pouco surge outra mãe aí, adotiva. E também não vou chamá-la de avó do PAC, porque isso não ajuda."
Lula disse que o novo PAC é uma "prateleira de projetos" para que os governadores e prefeitos possam escolher as obras que desejam para suas cidades. "Para que quem vier a governar este país, em qualquer momento, não pegue o país como vocês pegaram as prefeituras, como vocês pegaram os governos dos estados e como nós pegamos aqui, em que você não tinha projeto. Tudo, você tinha que começar praticamente do zero", criticou.
Para Lula, o país vive agora um outro momento. "O que nós estamos querendo é dar fôlego para que este país possa pensar o futuro, em que um presidente da República venha a fazer um discurso e ele não tenha que ficar falando mal de quem saiu, e que ele tenha que apresentar propostas à frente, propostas para os nossos netos, para os nossos filhos".
O Presidente ainda provocou governadores de oposição, como José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), que não foram à solenidade. "Certamente, alguns companheiros governadores de outros partidos não vieram. E, se não vieram, não foi por oposição. É porque estão preocupados em gastar o dinheiro do PAC 1, que eles já receberam neste mandato".
Dilma abriu o seu discurso com uma fala perfeita para a propaganda eleitoral gratuita: desde o lançamento da primeira edição do PAC, duplicaram os investimentos públicos em relação ao PIB; os empregos na construção de rodovias aumentaram 76%, em saneamento 64% e na construção civil 31%. "Com o lançamento da segunda etapa do PAC, o governo firma o compromisso de colocar o investimento na ordem do dia. O Brasil cresceu com o PAC e vai, espero eu, continuar crescendo muito mais com o PAC 2", disse ela.
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