É um evento que faz parte das comemorações dos 50 anos da Legalidade, que começaram, hoje, no Rio Grande do Sul.
É claro que não se pode fugir da discussão sobre a atitude da revista Veja em espionar, com o uso de recursos ilegais o ex-ministro José Dirceu.
Vou me referir à atitude corajosa, relatada pelo meu avô, Leonel Brizola, no mais dramático discurso daquela resistência heróica da Legalidade, no momento em que chegava os jatos da FAB e preparavam-se para bombardear o Palácio. Ele dizia que estava cercado de jornalistas, que não apenas, não arredavam o pé, diante do perigo como, também, chegavam a pedir armas para defender a democracia.
Jornalistas, médicos, engenheiros, qualquer pessoa tem, antes de tudo, o dever de respeitar e defender as leis e o estado democrático de Direito.
Não se pode confundir liberdade de imprensa com a prática de crimes. E nem se pode conviver com os abusos praticados contra a honra alheia pelo simples fato de que estes sejam feitos pelos grandes órgãos de imprensa.
Defender a democracia e a liberdade, como se fez naqueles gloriosos dias de 1961, significa estarmos dispostos, até mesmo, a enfrentar o bombardeio da grande mídia, capaz – como os insensatos de há 50 anos – a explodir pessoas na sua honra, um sentimento que nós, gaúchos, aprendemos com nossos ancestrais a defender com a própria vida.
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