sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Caso Battisti: Aula de Democracia de Tarso Genro


Matéria copiada do BLOG DESABAFO BRASIL, do Amigo Verdadeiro, Daniel Pearl, também criador do BLOG DILMA PRESIDENTE, que foram por mim escolhidos como os DOIS MELHORES BLOGS DE 2008.
Um Forte abraço Daniel.

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Saraiva
Caso Battisti: Aula de Democracia de Tarso Genro
Por marcosomagMinistro brasileiro indicou o caminho da concórdia, consenso e cicatrização de feridas por meio da Anistia com a concessão de asilo político a Cesare Battisti; Itália deveria seguir nosso exemplo; reações contrárias demonstram revanchismo da Direita. Tem sido bastante didática a polêmica sobre a concessão de asilo político ao ex-militante italiano Césare Battisti pelo Governo brasileiro. A polêmica mostra bem quem são os verdadeiros democratas na nossa sociedade. Mostra também os caminhos que devem ser seguidos para apaziguar sociedades que passaram por Regimes de Exceção. O Brasil estava sob a Ditadura Militar nos anos 70. Foi nesta década que as pressões da sociedade civil fizeram com que houvesse um lento processo de abertura política rumo a Democracia política. Durante o embate entre o povo e a Ditadura, foi necessário o uso da violência por setores populares nos momentos de maior endurecimento político, nos Governo Costa e Silva, Junta Militar (durante a doença de Costa e Silva, em 1969) e Médici. A reação ainda mais violenta da Ditadura, acabando com as garantias individuais durante o período do AI-5 (1968-1978), torturando e executando opositores abriu feridas de parte à parte.Como resolver o problema dos ressentimentos oriundos do período de violência política? A solução encontrada foi uma Lei de Anistia. No início, ela não era ampla, geral e irrestrita, como queria a sociedade. No entanto, negociações no Congresso Nacional levaram a um texto final que agradou a maioria. Resultado: embora ainda ressentimentos localizados, a Lei de Anistia cicatrizou as feridas do passados e proporcionou ao Brasil buscar seu futuro democrático sem maiores traumas. No mesmo período, a Itália estava sob o bi-partidarismo dominante do PDC/PS, feito para garantir uma "democracia" de fachada. O país estava sob o controle dos EUA, via OTAN. Na época, se a esquerda chegasse ao Governo por via eleitoral, a OTAN estava disposta a promover um Golpe de Estado no País para evitar que os vencedores das eleições governassem. Documentos secretos "desclassificados" há pouco pela Grã-Bretanha confirmam esta suspeita.A alternância de Poder estava descartada. Naturalmente, diante do "fechamento" político, parte da oposição foi impelida à luta armada. É neste contexto que deve ser entendida a luta dos "Proletários Armados pelo Comunismo", grupo de Césare Battisti e do mais fomoso grupo guerrilheiro italiano na época, as "Brigadas Vermelhas".A "saída" que Itália encontrou para o assunto não foi a concórdia, e sim o confronto e o ressentimento. Se tivesse anistiado seus perseguidos políticos, não haveria o embate que hoje há sobre o "Caso Battisti", com a Refundação (herdeiros do PCI) de um lado e o PD (espécie de PPS italiano, que renegou o socialismo) de outro em acalorado debate. Preferem olhar para trás, enquanto o Brasil olha para a frente. Olhar para a frente é a mensagem que a decisão do Ministro Tarso Genro envia à Itália para lidar com seu passado de violência política sem maiores traumas. Um gesto político de grande magnitude.Um dos melhores momentos do Governo do Presidente Luís Inácio da Silva, o "Lula". Que os italianos reflitam melhor, e entendam a mensagem enviada pelo Governo brasileiro.
Postado por DANIEL PEARL às Sexta-feira, Janeiro 16, 2009 0 comentários Links para esta postagem

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