segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Duas crises financeiras, dois resultados


Copiado do Blog do ALÊ, Alexandre Porto, que está em Minhas Notícias.

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Saraiva
Duas crises financeiras, dois resultados artigo,
Elio Gaspari (com comentários de minha lavra)
Na crise de 97/99 o tucanato avançou no bolso da patuleia, na de 2008
Nosso Guia apostou no consumo
Folha de S. Paulo - Um malvado devorador de números fez um exercício e comparou as iniciativas tomadas pelo tucanato durante a crise financeira internacional de 1997/1999 com as medidas postas em prática pelo atual governo desde o ano passado. Fechando o foco nas mudanças tributárias, resulta que os tucanos avançaram no bolso da patuleia, enquanto Nosso Guia botou dinheiro na mão da choldra.
por Bira
Entre maio de 1997 e dezembro de 1998 o governo remarcou, para cima, as alíquotas de sete impostos, além de passar a cobrar um novo tributo. A alíquota do Imposto de Renda do andar de cima passou de 25% para 27,5%. O IOF de créditos pessoais dobrou e aumentaram-se as dentadas nas aplicações. O IPI das bebidas ficou 10% mais caro, e a alíquota do Cofins passou de 2% para 3%. Tudo isso e mais a entrada em vigor da CPMF, que arrecadou R$ 7 bilhões em 1997. A voracidade arrecadatória elevou a carga tributária de 28,6% para 31,1% do PIB. O produto interno fechou 1998 com um crescimento de 0,03% e a taxa de desemprego pulou de 10% para 13%. Em 1999, o salário mínimo encolheu 3,5% em termos reais. Com o foco na questão tributária o estudo não cita o aperto monetário para garantir a âncora cambial, que impelia taxas de juros de até 49%. Taxas tratadas com silêncio pela imprensa de então para não colocar em risco a farsa da reeleição. Quanto essa taxa de juros tirou da economia em 1998 não tenho como calcular, mas sei dizer que em 2009 a equipe econômica preparou o país para que se afrouxasse a política monetária em tempos de crise. Um país confiável não precisa destruir sua economia para conter fuga de capitais e, ao contrário de 1998, inundou o mercado com capital a preços bem competitivos.
A crise financeira mundial de 2008/ 2009 foi mais severa que as dos anos 90. Em vez de aumentar impostos, o governo desonerou setores industriais, baixou o IPI dos carros, geladeiras e fogões, deixando de arrecadar cerca de R$ 6 bilhões nos primeiros três meses do tratamento. Uma mudança na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, resolvida antes da crise, deixou cerca de R$ 5,5 bilhões na mão da choldra. A carga tributária caiu de 35,8% do PIB para 34,5%. Em 2009 o salário mínimo teve um ganho real de 6,4%. E nem por isso teremos déficts primários, déficits em transações correntes na casa dos 6% do PIB, como naquele período. A condução da política fiscal não se deu pelo populismo, mas do fortalecimento do mercado interno, o que garantiu resistência do emprego e da massa salarial e por conseqüência do consumo das famílias. O Brasil sai da crise com uma economia saudável e pronta para decolar.
O desemprego deu um rugido, mas voltou aos níveis anteriores à crise. Ao que tudo indica, a crise de 2008 sairá pelo mesmo preço que a de 1997/98: um ano de crescimento perdido. Ops! Lá foram dois anos perdidos. O biênio 1998/99 foram de crescimento ZERO.
As duas situações foram diferentes, mas o fantasma do populismo cambial praticado pela ekipekonômica de 1994 a 1998 acompanhará o tucanato até o fim de seus dias. O dólar-fantasia teve uma utilidade, ajudou a reeleger Fernando Henrique Cardoso. Ele derrotou Lula em outubro, e o real foi desvalorizado em janeiro. Na minha terra se dá a isso o nome de estelionato eleitoral. Com a conivência da imprensa ´pe bom que ese diga. Marcadores: Crise, Impostos, Tucanos POSTADO POR ALEXANDRE PORTO( 0 COMENTÁRIO ) ( LINK PERMANENTE ) ( IMPRIMIR ) ( ENVIAR A UM AMIGO )

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