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Os crimes imputados à organização de Arruda
Rudolfo Lago
"Organização criminosa ou quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitação, crime eleitoral". Esses são os crimes que o Ministério Público Federal imputa ao governador José Roberto Arruda e aos demais envolvidos na Operação Caixa de Pandora, logo no início do inquérito 650-DF.
De acordo com a denúncia, Arruda recebia dinheiro do esquema de 15 em 15 dias para as suas despesas. Logo no início do processo, é narrado um encontro, gravado em vídeo, em que Arruda recebe R$ 50 mil do Grupo TBA, holding da área de informática que ficou conhecida por deter durante um bom tempo a exclusividade da venda dos produtos da multinacional Microsoft no Brasil. Ao receber o dinheiro, Arruda fala ao ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa Rodrigues, que precisava de "um adiantamento de R$ 50 mil". Durval era uma das pessoas que arrecadava dinheiro para o esquema de Arruda. Pego em vários processos, fez um acordo de delação premiada com o MP e a Polícia Federal. Por meio desse acordo, gravou várias conversas comprometedoras de Arruda e outros integrantes do GDF. Essas conversas são a base da Operação Caixa de Pandora.
Além de receber dinheiro para suas "despesas pessoais", o inquérito revela a montagem de um esquema iniciado em 2003, quando Durval presidia a Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan), no governo Joaquim Roriz, de desvio de recursos públicos para financiar o caixa da campanha de Arruda. Esse esquema prossegue depois que Arruda é eleito, desta vez para pagar um "mensalão" para deputados distritais da base de Arruda. Nas conversas, são mencionados, por exemplo, o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, e os deputados Rogério Ulysses, Eurides Brito, Rôney Nemer, Pedro do Ovo (licenciado), e o presidente do PP no DF, Benedito Domingos.
O caso da TBA é mencionado logo no início do inquérito, e é emblemático de como o esquema funcionava. As empresas prestavam serviços ao governo em contratos emergenciais, ou, às vezes, até mesmo sem contrato, criando um fato consumado que gerava um "reconhecimento de dívida", que era pago posteriormente. Do pagamento, uma parte era desviada para a propina, conforme detalha o inquérito. A dona da TBA, Cristina Boner, aparece em um vídeo gravado na Secretaria de Assuntos Sindicais. Ela vai tratar de um acordo emergencial com a Codeplan, "a pedido de Arruda, em razão dos compromissos do próprio Arruda".Boner ganha o contrato emergencial como parte do pagamento de uma doação de R$ 1 milhão para a campanha de Arruda. Uma doação em caixa dois. Pois, segundo o inquérito, "para justificar contabilmente" a doação, o que aparece é um pagamento para o Grupo Comunidade de Comunicação Social, um grupo que tem jornais em Brasília. Em consequência dessa relação, Cristina Boner fica, diz o inquérito, "bem aquinhoada" no governo do Distrito Federal.
"Organização criminosa ou quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitação, crime eleitoral". Esses são os crimes que o Ministério Público Federal imputa ao governador José Roberto Arruda e aos demais envolvidos na Operação Caixa de Pandora, logo no início do inquérito 650-DF.
De acordo com a denúncia, Arruda recebia dinheiro do esquema de 15 em 15 dias para as suas despesas. Logo no início do processo, é narrado um encontro, gravado em vídeo, em que Arruda recebe R$ 50 mil do Grupo TBA, holding da área de informática que ficou conhecida por deter durante um bom tempo a exclusividade da venda dos produtos da multinacional Microsoft no Brasil. Ao receber o dinheiro, Arruda fala ao ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa Rodrigues, que precisava de "um adiantamento de R$ 50 mil". Durval era uma das pessoas que arrecadava dinheiro para o esquema de Arruda. Pego em vários processos, fez um acordo de delação premiada com o MP e a Polícia Federal. Por meio desse acordo, gravou várias conversas comprometedoras de Arruda e outros integrantes do GDF. Essas conversas são a base da Operação Caixa de Pandora.
Além de receber dinheiro para suas "despesas pessoais", o inquérito revela a montagem de um esquema iniciado em 2003, quando Durval presidia a Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan), no governo Joaquim Roriz, de desvio de recursos públicos para financiar o caixa da campanha de Arruda. Esse esquema prossegue depois que Arruda é eleito, desta vez para pagar um "mensalão" para deputados distritais da base de Arruda. Nas conversas, são mencionados, por exemplo, o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, e os deputados Rogério Ulysses, Eurides Brito, Rôney Nemer, Pedro do Ovo (licenciado), e o presidente do PP no DF, Benedito Domingos.
O caso da TBA é mencionado logo no início do inquérito, e é emblemático de como o esquema funcionava. As empresas prestavam serviços ao governo em contratos emergenciais, ou, às vezes, até mesmo sem contrato, criando um fato consumado que gerava um "reconhecimento de dívida", que era pago posteriormente. Do pagamento, uma parte era desviada para a propina, conforme detalha o inquérito. A dona da TBA, Cristina Boner, aparece em um vídeo gravado na Secretaria de Assuntos Sindicais. Ela vai tratar de um acordo emergencial com a Codeplan, "a pedido de Arruda, em razão dos compromissos do próprio Arruda".Boner ganha o contrato emergencial como parte do pagamento de uma doação de R$ 1 milhão para a campanha de Arruda. Uma doação em caixa dois. Pois, segundo o inquérito, "para justificar contabilmente" a doação, o que aparece é um pagamento para o Grupo Comunidade de Comunicação Social, um grupo que tem jornais em Brasília. Em consequência dessa relação, Cristina Boner fica, diz o inquérito, "bem aquinhoada" no governo do Distrito Federal.
Congresso em Foco
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