José Roberto Arruda (ex-DEMos-DF) e José Serra (PSDB/SP) recebem maquetes de trenzinhos da ALSTOM na sede da empresa, em São Paulo, em 23 de julho de 2009. Nesta época, formavam a chapa demo-tucana "dos sonhos" com Serra presidente e Arruda vice.
A revista Carta Capital desta semana traz reportagem com o título; "Lamaçal sobre trilhos":
O Ministério Público Federal em São Paulo recebeu um documento enviado por um executivo com detalhes sobre o caminho sinuoso do esquema de propinas das empresas Alstom e Siemens para políticos no Brasil, no qual há menção a supostos pagamentos referentes ao Metrô do DF. A francesa Alstom liderou um consórcio para a manutenção da frota do Metrô de Brasília de 2003 a 2007 e a alemã Siemens assumiu a missão depois disso. O alto funcionário, cujo nome é mantido em segredo, afirmou ao MPF ter acompanhado de perto a atuação das duas empresas nos governos de São Paulo, Distrito Federal e Bahia. Segundo ele, haveria “acordos” na atuação das duas empresas.
O executivo informou a procuradores paulistas, por exemplo, que a Alstom e a Siemens teriam utilizado em contratações no estado um esquema de envio de dinheiro da Alemanha para duas offshores do Uruguai – a Leraway Consulting e a Gantown Consulting –, e daí para duas empresas paulistas, a Procint e Constech, dos lobistas Arthur Gomes Teixeira e Sergio Meira Teixeira, a fim de fazer esses valores chegar a políticos e diretores de empresas públicas, como supostos pagamentos a serviços gráficos ou de consultoria. Investigações do Ministério Público de São Paulo confirmaram a denúncia.
No DF, a propina mensal a um único político chegava a 700 mil reais, denunciou o executivo. “O orçamento foi inflado para acomodar a propina.” Segundo ele, não houve licitação para a concessão dos serviços de manutenção do Metrô de Brasília. O contrato com a Alstom teria sido “adjudicado” (outorgado). Os valores cobrados seriam “extremamente elevados”, afirma, e garantiriam margens líquidas superiores a 50%. Contratos normais variam de 10% a 15%, observou o executivo.
Na nova licitação, em 2007, o edital teria sido formulado de uma forma a assegurar à Alstom a pontuação máxima e, com isso, a vitória, garante a testemunha. A pontuação seria baseada em atestados de experiência da equipe técnica, “cujas exigências foram redigidas de tal forma que somente a equipe original (Alstom) poderia atendê-las plenamente”, relatou no documento. Leia mais aqui.
Relembre o pedido de sequestro de quase R$ 30 milhões, feito na Justiça, que estão bloqueados em bancos suíços, em nome de políticos e intermediários demo-tucanos paulistas suspeitos de receber propina da empresa Alstom. A corrupção tucana internacional foi tão grande, que nem o Jornal Nacional conseguiu esconder (limitou-se a blindar o nome de José Serra na notícia):
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