A mídia pró-Estados Unidos encontrou mais uma pirotecnia da indústria da “dissidência” em Cuba para levantar mais tsunamis contra a ilha socialista com a suposta prisão das “Damas de Blanco” por pertubar a ordem pública. O grupo é formado por parentes dos criminosos que cumprem algum tipo de pena no país por delitos comuns e que foram transformados em “presos políticos”. As mercenárias estariam em uma passeata em Havana e foram hostilizadas pela população, que não tolera suas práticas abusivas.
As “Damas de Blanco” são um grupo abertamente aliado do regime norte-americano.
As condenações em julgamentos justos e transparentes dos criminosos levaram a União Européia (EU) a estabelecer em 2003 sanções diplomáticas contra Cuba e ao rompimento na prática das relações entre o bloco e a ilha.
O grupo é especialista em fazer teatro para ser explorado pela mídia. É uma prática ensaiada dos “dissidentes”, de forjar situações para serem exploradas pela mídia pró-Estados Unidos. As atividades do grupo são regularmente divulgadas de forma unilateral.
As “Damas de Blanco”, conhecidas assim por se vestiram de branco como “símbolo de paz”, formam um grupo com relações carnais com a direita mais empedernida norte-americana. A ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush, participava ativamente de suas atividas, enviando mensagens ao grupo por meio de videoconferência. Em uma delas, destacou a “coragem e a determinação” dos “dissidentes”.
“Essas mulheres mostram uma coragem e uma determinação que é profundamente comovente”, disse a ex-primeira-dama em comunicado, no qual ressaltou que “suas histórias lembram que uma ditadura não pode acabar com o espírito de liberdade”. Em uma das videoconferências também participou o ex-secretário de Comércio norte-americano, Carlos Gutiérrez, que tem origem cubana.
“Os Estados Unidos continuam mostrando os abusos cometidos pelo regime de Fidel Castro, que encarcerou maridos, filhos e irmãos das Damas de Branco, assim como outros cubanos que tentaram exercer seus direitos fundamentais”, disse Laura Bush. Não faz tempo, a congressista republicana norte-americana Ileana Ross-Lehtinen ligou para as “Damas de Blanco”.
Elevadas ao status de símbolo da luta pela “liberdade”, elas gozam de grande exposição midiática — mas em Cuba suscitam indiferença e repúdio. Para dotar-se de certa legitimidade e ocultar as razões que conduziram seus familiares à prisão, as “Damas de Blanco” utilizam o mesmo símbolo da luta das Madres de la Plaza de Mayo, na Argentina.
Consultada, Hebe de Bonafini, presidente da associação Madres de la Plaza de Mayo, universalmente reconhecida e respeitada por sua incansável luta contra as injustiças, denunciou a relação falaciosa entre as duas organizações.
“Primeiro, deixe-me dizer-lhe que a Plaza de Mayo está na Argentina e em nenhum outro lugar. Nosso lenço branco simboliza a vida, enquanto que essas mulheres das quais vocês me falam representam a morte. Esta é a diferença mais importante e mais substancial que devemos assinalar aos jornalistas. Não vamos aceitar que nos comparem ou utilizem nossos símbolos para pisotear-nos. Estamos em total desacordo com elas”, afirmou.
“Essas mulheres defendem o terrorismo dos Estados Unidos. Defendem o primeiro país terrorista do mundo, o que tem mais sangue nas mãos, o que lança mais bombas, o que invade mais países, o que impõe as sanções econômicas mais duras aos demais. Estamos falando da nação que é responsável pelos crimes de Hiroshima e Nagasaki”, enfatizou.
“Essas mulheres não percebem que a luta das Madres de la Plaza de Mayo simboliza o amor por nossos filhos desaparecidos, assassinados pelos tiranos impostos pelos Estados Unidos. Nosso combate representa a revolução, a que nossos filos e filhas quiseram fazer. Sua luta é diferente, pois elas defendem a política subversiva dos Estados Unidos, que somente contém opressão, repressão e morte”, afirmou.
do blog O Outro Lado da Notícia
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