Rafael Andrade/Folha Imagem/Folhapress
Ministra – com a diretora-executiva do fórum, Anna Kajumulo Tibaijuka – fez discurso praticamente igual ao de Lula
Mercado na habitação de baixa renda era uma ficção que governo acabou, diz ministra
Paola de Moura e Rafael Rosas, do Rio – VALOR
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o governo federal teve que agir para acabar com o mito de que o mercado imobiliário conseguiria resolver o problema habitacional do país. “Nosso governo acabou com a ficção de que o mercado pode dar conta de oferecer habitação para a população de baixa renda”, afirmou a ministra no 5º Fórum Urbano Mundial, promovido pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. Dilma disse que o governo investiu US$ 144 bilhões no programa Minha Casa, Minha Vida. “É uma população que vive com três salários mínimos e usa esse dinheiro para se alimentar, comprar bens essenciais e ainda pagar prestação da casa. Por isso, acabamos com financiamento e agora damos subsídio”.
Última autoridade a falar na cerimônia de abertura do evento, a ministra fez um discurso praticamente igual ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma afirmou que o governo Lula só concebe crescimento econômico com distribuição de renda. A ministra afirmou que, em até dois anos e meio, o governo vai construir 1 milhão de casas. “O projeto será deixado pronto para que o próximo governo possa construir mais 2 milhões”. A ministra ainda completou dizendo que o governo investiu US$ 20,6 bilhões em saneamento básico para que parte da população tenha água potável em casa. “Estamos mudando a face do país”.
O presidente Lula frisou que o volume de empréstimos concedidos pela Caixa Econômica Federal nos dois primeiros meses deste ano superou tudo o que foi concedido pelo banco público no ano de 2005. “Por isso, esse país criou em fevereiro, com Carnaval e tudo, mais 209 mil empregos formais”, disse o presidente. “Temos uma combinação de crescimento econômico com distribuição de renda”, acrescentou.
Mesmo considerando o Rio de Janeiro uma “das cidades mais extraordinárias do mundo”, com um programa de urbanização de favelas inédito no país, o presidente não deixou de alertar os participantes do fórum sobre os riscos locais. “Não negamos que há violência, mas é uma cidade e um Estado com o povo mais alegre, mais cortês. Não se embrenhem por locais que vocês não conhecem. Transitem como cidadãos normais, que vocês vão perceber que nada vai acontecer a nenhum de vocês, a não ser conhecer as melhores praias, a gente mais bonita e a paisagem mais extraordinária que os olhos de vocês vão poder ver”, disse o presidente.
Postado por Luis FavreComentários Voltar para o início
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