Há algo mais em comum entre o promotor José Carlos Blat e Gilmar Mendes, além da atração fatal por câmaras de TV, para fazer proselitismo de natureza político-partidária, fora dos autos.
O promotor Blat retornou à condição de celebridade por fazer denúncias sensacionalistas na imprensa de cunho eleitoreiro contra o partido do Presidente Lula, sem apresentar denúncia à justiça, e teve petição indeferida por um juiz, devido a falta de formular fundamentos jurídicos, e suspeitas de uso eleitoreiro.
Gilmar Mendes tem seu IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público) em Brasília. Organiza cursos, palestras, seminários, treinamento de pessoal, e oferece cursos superiores (uma ampla abordagem no assunto foi feita pela revista Carta Capital).
Blat aparece ligado ao Instituto de Direito Penal Integrado-IDIPI, no mesmo ramo de cursos, além das atividades de "Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial".
Blat tem "site" com seu nome, na condição de promotor (Promotor Blat), onde comercializa cursos do instituto.
O IDIPI de Blat é um Instituto comercial, tem fins lucrativos. É uma empresa de sociedade limitada.
Ou seja, o promotor Blat, independente de não ser intencional, acaba por usar sua fama em casos polêmicos na promotoria, como elemento de marketing para atrair clientes para seus cursos privados.
Neste contexto, a polêmica na imprensa do caso da Banccop, produzida pelo promotor, fazendo juízo de valor sobre a Cooperativa, sobre dirigentes, e generalizando como se fosse um "modus operandi" de todo o Partido dos Trabalhadores, antes mesmo de fundamentar uma ação na justiça, pode servir, voluntariamente ou não, além de propósitos eleitoreiros (como advertiu o juiz Carlos Eduardo Lora Franco em seu despacho) aos propósitos comerciais.
Aliás, se formos seguir os mesmos critérios de suspeição do promotor Blat, dado o impacto econômico de um escândalo forjado, em uma campanha eleitoral, nos custos de marketing político, caberia quebrar o sigilo bancário e fiscal do IDIPI do promotor Blat, em nome da transparência, para identificar a origem das receitas advindas de "treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial".


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