quarta-feira, 17 de março de 2010

Obama e o fim da paciência

Do Blog BRASIL! BRASIL!

Mauro Santayana, JB Online

“Temos todas as razões para o pessimismo com relação ao problema da Palestina. Israel, sob o governo radical de Netanyahu, está disposto a afrontar Washington. A desfeita a Joe Biden, vice-presidente dos Estados Unidos, não foi reparada devidamente pelo governo de Israel. A posição de Israel parece endurecer-se, não obstante as duras admoestações, tanto da parte de Biden como de Hillary Clinton. A paciência de Obama dá sinais de estar chegando ao fim. Mas Israel joga com um fator psicológico bruto, ao insinuar, de forma velada, que o atual presidente dos Estados Unidos é muçulmano e, no fundo, inimigo dos judeus.

O jornalista norte-americano Roger Cohen, ao comentar o conflito entre o governo atual dos Estados Unidos e os radicais de Israel, cita, de início, uma frase atrevida de Netanyahu: “Israel e os Estados Unidos têm interesses mútuos, mas nós agimos de acordo com os interesses vitais do Estado de Israel”. Segundo Cohen, “os Estados Unidos também têm interesses vitais” que incluem a existência dos dois estados, o de Israel e o da Palestina, lado a lado, mas “essa solução é erodida todos os dias, com os repetidos assentamentos judeus no território que deveria pertencer aos palestinos”.

A propósito, Cohen reproduz uma conversa que teve com Ronan Nachman, prefeito de um dos maiores desses assentamentos judaicos, o de Ariel. Nachman lhe disse, com franqueza e determinação, que não haverá nunca um Estado palestino e que o território a ele destinado terá que ser dividido entre Israel e a Jordânia. Uma charge, publicada pelo diário Maaravi, também citada por Cohen, mostra Obama cozinhando Netanyahu em um caldeirão, na típica cena do canibal africano que prepara seu jantar. É muito significativo mostrar um homem negro cozinhando um branco. Pode insinuar muitas coisas.”
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