por Conceição Lemes
Desde sexta-feira, essa foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, está dando o que falar. A agência identificou o homem carregando a policial ferida como um manifestante.
No sábado, a Polícia Militar do governo do Estado de São Paulo informou que a soldado chama-se Erika Cristina Moraes de Souza Canavezi. E o professor era, na verdade, um policial militar à paisana.
O Viomundo enviou então e-mail à assessoria de imprensa da PM, perguntando o nome do policial e o ele estava fazendo na manifestação dos professores da rede estadual de ensino.
A assessoria de imprensa informou, por telefone, que a PM ainda não sabia o nome dele nem o que fazia na manifestação. Mas que havia sido identificado como sendo da corporação.
Diante da nossa insistência em ter o nome do policial e saber o que fazia no protesto dos professores, a assessoria de imprensa da PM prometeu para hoje as respostas, que foi esta: “Por solicitação do policial, que pediu para ter o seu nome preservado, a PM não irá divulgar o nome dele”.
E o que ele fazia lá? “Ele estava no local, não disse o que estava fazendo”, respondeu a assessoria de imprensa.
“Se ele não estava fazendo nada escuso, por que não revelar o nome do policial?”, estranha Maria Isabel Azevedo Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, a Apoesp. “Não divulgar o nome torna a presença dele na assembleia ainda mais suspeita. Agente infiltrado a troco de quê? Isso é coisa da época da ditadura.”
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
2 comentários:
Isso parece um absurdo, mas todas as policias trabalham com policiamento velado (disfarçado) em manifestações, sejam elas de professores, estudantes, sem terras, ou outros. Vejam como é o trabalho da polícia, colocam observadores nas manifestações para proteção dos próprios manifestantes ou vocês acham que somente professores vão em manifestações de professores? e aquele cidadão que é alheio a manifestação e se arma em casa e vai em meio aos outros apenas para ver o "pau quebrar" ou "tocar o foda-se"? ou um aquele jovem que monta um coquetel, para quando ter a oportunidade lançar a esmo no meio da multidão? Quem os deterá?Senhores parem com o sensacionalismo, falam da ditadura, mas os senhores detém a manipulação da informação. A não divulgação do nome deste cidadão (PM ou não)que carrega a policial, esta corretíssima, a impressa não tem o direito de tal informação e se tiver usará apenas para promoção de uma nova notícia do tipo " Divulgado nome do PM que carregava policial". A PMSP é tão séria, que protege a identidade de seus servidores e não se enverga ao sensacionalismo da mídia, lidam com vidas e fatos e não com a arte da imagem e da escrita. Autor: Não sou PM, sou professor.
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