Posted by augustodafonseca13 under Uncategorized
Antes do advento da comunicação de massa intensiva, uma pessoa era assassinada, falava-se uma semana do assunto e depois partia-se para outras.
Até agora estou para entender porque a imprensa em geral – e a TV Globo, em particular – passou semanas falando sobre o assassinato da menina Isabella Nardoni, expondo diariamente, sem cessar, sem aliviar, detalhes dos mais sórdidos sobre o caso.
A mãe da Isabella não teve direito àquilo que todo o ser humano tem: vivenciar o luto pela perda de um ente querido; ainda mais um que saiu do seu útero para a vida e, após, para a tragédia.
A espetaculosidade (se é que existe esse termo) com que se tratou e se trata esse caso é muito desproporcional ao seu significado.
Pais matam filhos, netos matam avôs, filhos matam pais,,irmãos matam irmãos (desde Caim) e maridos matam mulheres e vice-versa. Todos os dias isso acontece.
Porque então a imprensa não deixa a infeliz da Isabella Nardoni morrer em paz?
Porque a imprensa, com tanto assunto relevante para tratar, insiste em escarafunchar as feridas nos corações da mãe, da avó e de outros parentes próximos da menina?
Porque tratar com tanta pirotecnia, e como se fosse a transmissão de uma final da Copa do Mundo, um julgamento que tem início, meio e fim, interessando mesmo se os réus foram considerados culpados e, nesse caso, qual a pena?
Porque essa morbidez compulsiva??
Da forma como isso está sendo tratado pela imprensa, não gostaria de estar na pele dos jurados caso os réus sejam absolvidos, por insuficiência de provas!
Depois que a Globo já julgou e considerou os réus culpados, como ela se portará diante de uma eventual absolvição?
Fará o mesmo que fez com o Humberto Costa que foi execrado publicamente, após condenação sumária pela Globo, e agora não dá destaque algum à sua absolvição por unanimidade?
Alerto a todos e todas para o fato de que a imprensa quer acabar com o Poder Político e com o Poder Judiciário para se tornar o único poder existente.
E não acho que é maluquice minha não…
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